Ao analisar as declarações de Michelle Bolsonaro sobre os móveis do Palácio da Alvorada, a historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz criticou o discurso da ex-primeira-dama pelas ironias e por tentar tirar qualquer responsabilidade dela e do marido na polêmica.
O casal Bolsonaro saiu com vários caminhões de mudança e sonegou informações, um gesto de camaradagem que se faz. Já Janja excedeu seus gastos. Sempre tenho receio dessa balança que equaliza tudo. É impressionante a forma como Michelle fala, com ironia e sempre acusando e tirando a bomba do seu colo.
Lilia Schwarcz, historiadora e antropóloga
Em participação no UOL News desta segunda-feira (17), Schwarcs avaliou que Janja fez gastos excessivos ao escolher novos móveis para o Alvorada. A historiadora sugeriu haver um limite de despesas para a manutenção do Palácio.
Essa é uma questão polêmica e houve exagero nos gastos. Mas se pegarmos as diferentes gestões, cada primeira-dama alterou sobretudo a movelaria da circulação íntima. É esse acúmulo de gostos e experiências que tem que estar no Palácio, mas tudo tem que ser feito com contenção. É preciso estabelecer esse teto de gastos no orçamento para o Alvorada.
Lilia Schwarcz, historiadora e antropóloga
Josias: Fica evidente que digital de Torres está em todas as tentativas de Bolsonaro melar eleições
Josias de Souza destacou o envolvimento cada vez mais claro de Anderson Torres no plano de prejudicar o andamento das eleições. A operação da Polícia Rodoviária Federal, que pagou mais agentes de folga em sedes onde Lula venceu, coloca o ex-ministro de Jair Bolsonaro ainda mais no centro das acusações, como aponta o colunista.
Vai se tornando cada vez mais evidente que Anderson Torres se tornou personagem central na elucidação desse esforço que Bolsonaro empreendeu para melar o resultado das eleições. Tudo o que diz respeito ao esforço do Bolsonaro tem uma digital do Torres. Todos os indícios apontam para uma premeditação, o que agrava o crime. Agora só falta punir. As evidências são muito eloquentes.
Josias de Souza, colunista do UOL
Schwarcz: Bolsonaro falar em Senado e não em Presidência revela passo atrás
Lilia Schwarcz vê "um passo atrás" de Jair Bolsonaro ao declarar sua intenção de disputar uma vaga no Senado em vez de se candidatar à Presidência em 2026. A historiadora repudiou o plano do ex-presidente e ressaltou que, além da grande possibilidade de ele se tornar inelegível, precisa encarar a Justiça pelos crimes que cometeu durante sua gestão.
O fato de Bolsonaro falar em Senado e não em Presidência revela um passo atrás e outra arquitetura nos nomes que se oporiam ao projeto do PT e das esquerdas. A chance de ele se tornar inelegível é real. Vamos ver como anda essa máquina do Estado e essa política brasileira que muitas vezes se pauta pela conciliação. A República tem que julgar Bolsonaro pelos seus crimes. Ele não pode ser premiado com um lugar no Senado.
Lilia Schwarcz, historiadora e antropóloga
O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em três edições: às 8h, às 12h e às 18h. O programa é sempre ao vivo.
Quando: de segunda a sexta, às 8h, às 12h e 18h.
Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.
Veja a íntegra do programa:
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.