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'Não temos nada a temer', diz Dino sobre abertura de CPMI de 8/1

Do UOL, em São Paulo

20/04/2023 11h30Atualizada em 20/04/2023 14h57

O ministro da Justiça, Flavio Dino, disse que o governo não tem "absolutamente nada a temer" em relação a investigações sobre os ataques aos Três Poderes no dia 8 de janeiro —o que pode terminar na abertura de uma CPMI no Congresso Nacional após imagens causarem a demissão de um ministro de Lula.

O que disse Dino:

"Quem caminha com a verdade não tem medo de nada", declarou Dino em uma entrevista coletiva hoje no Centro da Ciberlab, dentro da sede da PRF, em Brasília, para apresentar dados sobre a operação que combate ataques e ameaças a escolas.

Um apoio à abertura da CPMI cabe às lideranças do governo no Congresso, continuou o ministro.

81 militares já foram ouvidos pela Polícia Federal, revelou. "Nós tanto objetivamos que a PF tem independência técnica para investigar qualquer coisa, que quem pediu ao STF autorização para investigar militares foi a PF, o que mostra compromisso."

Não temos absolutamente nada a temer porque quem caminha com a verdade não tem medo de nada e ninguém. Pode haver qualquer tipo de investigação sobre qualquer coisa, porque queremos mostrar que fomos vítimas de uma ação terrorista, criminosa, orquestrada por centenas de pessoas que queriam dar um golpe de estado contra um governo legitimamente eleito. Essas pessoas foram presas, outras pessoas têm sido presas e várias estão respondendo ações penais do STF. Portanto, a lei está sendo cumprida."

Ministro do GSI estava no Planalto durante os ataques

Ontem, o ministro Gonçalves Dias, do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), pediu demissão após imagens revelarem que ele estava no Palácio do Planalto na hora em que vândalos depredavam o local.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, mandou a PF ouvir Gonçalves Dias. Moraes determinou ainda que o ministro interino do GSI, Ricardo Cappelli, informe quem são todos os servidores civis e militares que aparecem nas imagens divulgadas, bem como quais providências foram tomadas.