Capelli culpa Heleno por falhas em ataque ao Planalto: 'pilotou por 4 anos'
O chefe interino do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Ricardo Capelli, voltou a responsabilizar o governo Bolsonaro pelas falhas de segurança durante a invasão ao Palácio do Planalto em 8 de janeiro.
Ele isentou de culpa seu antecessor no cargo, o general Gonçalves Dias, demitido na semana passada, e responsabilizou o general Augusto Heleno.
O que aconteceu?
Capelli afirmou que Heleno, ministro do GSI de Bolsonaro, "pilotou o carro" por 4 anos e o entregou "avariado e contaminado" ao governo Lula. A declaração foi publicada em seu perfil no Twitter.
"Se o GSI não funcionou adequadamente" em 8 de janeiro, a culpa é de quem o dirigiu por 4 anos, e não por 6 dias, disse Cappelli em entrevista ao Fantástico, veiculada na noite deste domingo (23).
Ao Fantástico, Capelli defendeu a postura de Gonçalves Dias durante o episódio. Segundo o atual chefe do GSI, Dias agiu corretamente ao conduzir os manifestantes para fora do 3º andar do Planalto, para que fossem presos no 2º andar.
O UOL procurou o general Augusto Heleno para comentar a declaração de Capelli, mas não teve retorno até a publicação deste texto. Se o ex-ministro se manifestar, a resposta será incluída no texto.
GSI divulgou íntegra dos vídeos da invasão
O GSI divulgou ontem mais de 160 horas de gravação da invasão do Planalto. As imagens são de 33 câmeras de segurança do prédio.
As imagens foram liberadas por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Na última sexta (21), ele retirou o sigilo das imagens que vinha sendo imposto pelo GSI e ordenou o envio delas ao Supremo em até 48 horas.
O general G. Dias adotou a postura correta, que era esvaziar o 3º andar, que é a área mais sensível, onde fica o gabinete do Presidente da República. Então, primeiro você cuida do que é mais estratégico, que é o 3º andar. As prisões foram efetuadas no 2º andar, mais de 200 prisões".
Ricardo Capelli, atual chefe do GSI, ao Fantástico
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