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Oyama: Briga do salário mínimo tem competição velada entre Tarcísio e Lula

Colaboração para o UOL, em São Paulo

01/05/2023 13h20

A colunista do UOL Thaís Oyama comentou no UOL News os anúncios simultâneos do aumento do salário mínimo feitos pelo presidente Lula (PT) e pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

No anunciado pelo governo federal, o salário mínimo passará para R$ 1.320, aumento de R$ 18 em relação ao valor em vigor; no governo paulista, o valor será de R$ 1.550 (e depende de aprovação da Assembleia Legislativa).

Tradicionalmente, o salário mínimo em São Paulo sempre foi maior que o nacional, isso pelas características do estado. Essa briga de valores de salário mínimo entre o governo do estado de São Paulo e o governo federal ganha outra dimensão agora, porque o governador Tarcísio de Freitas já é visto como um potencial adversário do futuro candidato do PT em 2026".

Esses valores ganham essa dimensão política por causa dessa competição velada".

O que mais Lula anunciou?

O reajuste de R$ 18 garante um aumento real de 2,8% em 2023. Em meados de dezembro do ano passado, o governo de Jair Bolsonaro (PL) publicou uma medida provisória para fixar o salário mínimo em R$ 1.302, valor atual.

A previsão para o mínimo em 2024 é de R$ 1.389. A expectativa é que, com o retorno da política de valorização do salário mínimo, o piso seja reajustado anualmente para ganhos reais, ou seja, além da inflação —a medida foi excluída durante a gestão Bolsonaro.

A faixa de isenção do Imposto de Renda passa a ser de R$ 2.640. O presidente ainda se comprometeu em elevar a faixa de isenção até R$ 5.000 até o fim de seu mandato. A correção da tabela do Imposto de Renda é uma de suas principais promessas de campanha.

Tales: Mesmo pequeno, reajuste do salário mínimo é aceno de esperança

O colunista Tales Faria disse que o aumento do salário mínimo pode ser considerado pequeno, mas é um "aceno de esperança".

Esse aumento é muito pequeno, evidentemente R$ 18 não é muita coisa, mas, se você pensar que estava seis anos sem aumento, é um aceno como esperança de que a coisa realmente mude".

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