PF pediu operação contra Bolsonaro há duas semanas
A Polícia Federal pediu autorização para realizar operação de busca e apreensão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, bem como prisão de aliados dele, há duas semanas. O documento, revelado hoje, data de 19 de abril.
O que aconteceu:
A manifestação da vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araujo, porém, foi enviada dois dias depois. E a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, foi assinada no último dia 28 de abril.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão hoje; há indício de adulteração nos dados de vacinação de Bolsonaro no SUS. O celular dele foi apreendido pela PF.
Segundo a PF, o certificado de vacinação de Bolsonaro, com dados de uma falsa imunização, foi emitido de um computador do Palácio do Planalto.
- Leia a íntegra do ofício da PF clicando aqui e aqui.
Moraes havia determinado a "busca e apreensão de armas, munições, computadores, passaporte, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos" de Bolsonaro e outros alvos.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, foi preso. Também foram detidos o PM Max Guilherme Machado de Moura, Sérgio Rocha Cordeiro, o secretário municipal de Saúde de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha, o sargento Luís Marcos dos Reis e o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros.
Aliados passaram a supor que a ação de hoje seria por bolsonaristas conseguirem adiar a votação da PL das Fake News na Câmara dos Deputados.
O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo rebateu a ideia e disse que uma operação deste porte "não é planejada da noite para o dia". Para ele, quem faz essa relação não tem argumentos para defender Bolsonaro na operação.
O que é pior é essa versão: 'ontem à noite, o governo teve uma derrota, então hoje de manhã a Polícia Federal...'. Gente, pelo amor de Deus, uma operação desse nível já foi decidida muito antes pela autoridade judicial. Já expediu mandados, já percorreu na Polícia Federal. Geralmente, leva entre 10 e 15 dias uma decisão do juiz e a execução [da operação].
José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça
- Leia a íntegra da decisão de Moraes contra Bolsonaro clicando aqui.
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