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Servidor reclama de desconto na folha e diz que prefeito cuspiu em sua cara

Do UOL, em São Paulo

04/05/2023 22h02Atualizada em 04/05/2023 22h02

Um servidor municipal acusa o prefeito de Boa Esperança (MG), Hideraldo Henrique Silva (MDB), de cuspir em seu rosto após ele questionar um erro em sua folha de pagamento.

O que aconteceu:

Thearles Andrey, servidor da Secretaria de Esportes da cidade, foi até a sede da prefeitura questionar um possível erro que resultou em R$ 36 a menos em seu pagamento. O caso aconteceu na tarde de ontem.

Câmeras de segurança do local registraram o início da discussão do servidor com o prefeito.

As imagens mostram que Thearles chega ao local e fala algo para o chefe do Executivo. Nesse momento, ele acusa o prefeito de cuspir em seu rosto. "Eu estava tentando dizer a ele que precisava falar sobre o meu pagamento e ele me ignorou, depois cuspiu na minha cara e deu as costas", lamenta o servidor, em entrevista ao UOL.

O prefeito também teria mostrado uma arma dentro do carro e o ameaçado de morte, diz o funcionário.

O prefeito assume que cuspiu no funcionário, de acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar. Mas diz que o servidor estava "alterado" e "nervoso" e que foi abordado por ele com "xingamentos". O documento mostra ainda que o chefe do Executivo negou ameaçar o servidor com uma arma e garantiu que nem arma possui.

Ausência e justificativa

Andrey sofreu um acidente e machucou o fêmur há cerca de dois meses. Ele conta que precisou se ausentar na tarde do dia 20 de abril por causa de dores. Apesar de apresentar um atestado médico para justificar a ausência, a sua remuneração foi descontada.

O funcionário público conta ainda que tentou conversar com outros servidores antes de procurar o prefeito, mas não teve sucesso.

Ficaram rindo de mim e ninguém quis resolver o meu problema."
Thearles Andrey, servidor municipal

Procurado pela reportagem do UOL para comentar o caso, o prefeito Hideraldo Henrique Silva não respondeu. O espaço segue aberto.

A Polícia Civil de Minas Gerais também foi procurada para esclarecer se o caso será investigado. A corporação ainda não se pronunciou.