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Vice-presidente do PT critica operação contra Bolsonaro: 'Espetaculoso'

Washington Quaquá (PT-RJ), vice-presidente nacional do PT - Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Washington Quaquá (PT-RJ), vice-presidente nacional do PT Imagem: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

04/05/2023 15h03Atualizada em 04/05/2023 15h16

O deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ), vice-presidente nacional do PT, criticou a ação da Polícia Federal que cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de Jair Bolsonaro ontem.

O que ele disse:

"Ações espetaculosas e desmoralizantes por parte do Judiciário e da Polícia Federal não só não têm meu apoio, como têm meu repúdio", escreveu Quaquá nas redes sociais, com uma arte que diz "Parem de espetáculo!".

Deputado disse que operação lembrou "métodos da Lava Jato" contra Lula. A operação foi (e ainda é) criticada por petistas por fazer ampla divulgação midiática de suas etapas e ações à época dos fatos.

"Que Bolsonaro cometeu crimes e terá que pagar por eles eu concordo e não tenho dúvidas", complementou Quaquá, com uma alusão à frase "sem anistia", utilizada por apoiadores de Lula para pressionar autoridades contra membros da gestão Bolsonaro.

Quaquá cita "direito à defesa" e proteção da imagem. "Eu não concordo com métodos da Lava Jato e do estado policial, nem contra Lula (que era e é inocente) e nem contra Bolsonaro (que cometeu vários crimes), mas todos têm direito ao devido processo legal e à proteção de sua imagem antes de ter seu processo transitado e julgado! Não contem comigo para ter um peso e duas medidas!", escreveu.

PF prendeu ex-ajudante e apreendeu celular de Bolsonaro

A PF deflagrou ontem uma operação que investiga a inclusão de dados falsos sobre vacinação contra covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, no âmbito do inquérito das milícias digitais.

O tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro, foi preso. Além dele, mais cinco pessoas foram detidas, incluindo policiais militares e um coronel do Exército. Alguns deles atuavam como seguranças ou assessores do ex-presidente no período em que ele esteve nos EUA após perder as eleições.

A PF investiga se o cartão de Bolsonaro foi fraudado para entrar nos Estados Unidos. Dados de Bolsonaro e de sua filha mais nova, Laura, foram apontados como parte do esquema. Por isso, houve busca e apreensão na casa do ex-presidente, incluindo de seu celular.