'Milícia light': Vieira critica definição de Flávio sobre milicianos
O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) chamou de "milícia light" uma definição feita por Flávio Bolsonaro (PL-RJ) durante a discussão de um projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado hoje.
O que aconteceu?
Os senadores debatiam o PL 3283, de autoria de Sergio Moro, que visa criminalizar planos para atacar autoridades. O projeto foi aprovado na CCJ.
Em uma emenda, Flávio defendeu que uma "milícia" estivesse associada a imposição de algum serviço mediante ameaça, enquanto "grupo ou esquadão" teria como particularidade o extermínio de pessoas. "Hoje quem define isso é o juiz", argumentou Flavio.
Vieira argumentou que já existe a definição de milícia no código penal, e que uma mudança poderia gerar contestações de milicianos perante a Justiça. Ele disse que o texto da emenda de Flávio gerava uma "milícia light".
"Se eu faço uma alteração na redação, restringindo o alcance, eu corro o risco de deixar de ser crime. Estou potencialmente abrindo uma brecha para miliciano condenado ir a justiça pleitear a mudança da sua pena. Não é essa a intenção do Flavio Bolsonaro, tenho certeza que ele quer melhorar [o texto], mas vamos discutir em outro projeto", disse.
Flávio tomou a fala de Vieira como irônica: "Só para refutar o tom irônico para que alguns tentam levar aqui a discussão, como se eu tivesse interesse em beneficiar miliciano... Tem uma narrativa de que Bolsonaro tem envolvimento com isso e com aquilo. O Rio nunca prendeu tantos milicianos nos últimos anos [como] em um governo aliado nosso.[...] Eu conheço porque sou do Rio de Janeiro, é onde originalmente começou a se falar disso."
Bolsonaros condecoraram 16 PMs denunciados
Em um cruzamento de dados feito no podcast UOL Investiga: Polícia Bandida e o Clã Bolsonaro, foram encontrados ao menos 16 ex-policiais denunciados por integrarem organizações criminosas que foram homenageados por integrantes da família Bolsonaro.
Ao podcast, questionados sobre as condecorações, as assessorias do então presidente Jair Bolsonaro e do senador Flávio disseram, por nota, que "ao longo de anos na política, sempre fizemos homenagem a policiais que se destacaram pelos serviços prestados à população. À época das homenagens, era impossível prever que alguns desses policiais pudessem desonrar a farda".
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