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Deltan Dallagnol posta vídeo após ter mandato cassado: 'A vingança de Lula'

O então procurador da República Deltan Dallagnol faz apresentação com PowerPoint para anunciar o oferecimento de denúncia contra Lula - 14.set.2016 - Geraldo Bubniak/AGB/Estadão
O então procurador da República Deltan Dallagnol faz apresentação com PowerPoint para anunciar o oferecimento de denúncia contra Lula Imagem: 14.set.2016 - Geraldo Bubniak/AGB/Estadão

Do UOL, em São Paulo

17/05/2023 16h22Atualizada em 17/05/2023 16h25

O deputado cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) e ex-procurador da Lava Jato publicou um vídeo no Twitter em alusão a uma suposta "vingança" do presidente Lula contra ele.

O que aconteceu:

O vídeo se inicia com a frase "A vingança de Lula" e usa falas do atual presidente contra a Lava Jato, como uma em que ele acusa o ex-procurador Deltan Dallagnol de ser "chefe de uma quadrilha de um grupo de procuradores" e outra em que Lula diz que só estará bem quando "f**** esse [Sérgio] Moro".

A publicação reproduz também uma fala ministro Gilmar Mendes, do STF, defendendo um "escrutínio muito severo" contra o que ele chama de "República de Curitiba", em alusão à força-tarefa da Lava Jato.

Deltan ainda acusa o ministro Benedito Gonçalves de ter cassado seu mandato "a pedido do PT, com base em uma mentira". Gonçalves foi o relator do caso contra o ex-procurador no TSE.

São exibidas manchetes de jornais com artigos de opinião e notícias sobre a cassação de Deltan, em paralelo às falas reproduzidas. O vídeo dura cerca de um minuto.

Cassação de Dallagnol

O plenário do TSE decidiu ontem, por unanimidade, derrubar o registro de candidatura e cassar o mandato do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), ex-procurador que coordenou a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba.

O TSE considerou que Dallagnol fraudou a Lei da Ficha Limpa ao sair do MPF, em novembro de 2021. Segundo o ministro Benedito Gonçalves, relator do caso, ele escapou de eventuais punições que poderiam resultar em sua demissão, o que o tornaria inelegível.

Dallagnol pode recorrer da decisão, mas a perda do mandato tem efeito imediato. O ex-procurador pode apresentar embargos contra o entendimento dos ministros do TSE e até levar o caso ao Supremo Tribunal Federal.