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Heleno diz que ditadura 'salvou o Brasil' e defende golpe de 64

Do UOL, em São Paulo

01/06/2023 16h06Atualizada em 01/06/2023 16h23

O general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional no governo Bolsonaro, defendeu o golpe de 1964 e a ditadura militar em sessão da CPI dos Atos Antidemocráticos realizada na Câmara Legislativa do Distrito Federal.

O que aconteceu:

Heleno afirmou que o golpe de estado que instaurou a ditadura "salvou o Brasil de se tornar um país comunista". Durante discussão com outros deputados, afirmou que o que ocorreu foi uma "revolução" ou um "movimento", e que o evento é visto "só de um lado".

Além disso, afirmou que os deputados estavam "deturpando a história" ao dizer que milhares de pessoas morreram pelo regime, e, sem apresentar provas, disse que "muita gente do lado da revolução foi vitimada".

O ex-ministro também negou que os atos de 8 de janeiro tenham sido uma tentativa bolsonarista de tomar o poder à força.

Minuta golpista

Na sessão, Augusto Heleno afirmou nunca ter visto a minuta encontrada na casa do ex-secretário de Segurança do Distrito Federal Anderson Torres. "Jamais vi essa minuta nem tratei com Bolsonaro sobre o assunto", disse.

Ao realizar busca e apreensão no local, a corporação encontrou uma proposta de decreto para que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) instaurasse estado de defesa na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O objetivo, segundo o texto, era reverter o resultado da eleição, em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vencedor.