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'Ótima', 'desejo sucesso': o que disseram ministros do STF sobre Zanin

Do UOL, em Brasília

01/06/2023 14h26Atualizada em 01/06/2023 17h35

Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) classificaram como "ótima" a indicação do advogado Cristiano Zanin Martins à vaga aberta com a aposentadoria de Ricardo Lewandowski, em abril. O nome foi confirmado pelo presidente Lula (PT), que avisou ontem a presidente da Corte, Rosa Weber, que formalizaria a escolha nesta quinta (1º).

O que os ministros falaram:

Luiz Fux considerou a escolha "ótima", mesma opinião de Nunes Marques, que complementou: "Muito boa".

Gilmar Mendes disse que era uma indicação "positiva, de uma pessoa qualificada que vai integrar-se bem ao tribunal". No Twitter, afirmou que Zanin sempre demonstrou "elevado tirocínio jurídico em sua trajetória profissional".

André Mendonça desejou sorte e sucesso a Zanin na sabatina do Senado, ainda a ser marcada, e disse que cabe à Casa avaliar se os critérios para a indicação foram respeitados. Também salientou que a escolha para a Corte é uma prerrogativa do presidente da República.

Roberto Barroso afirmou que Zanin atuou com "elevada qualidade profissional" em casos que tramitaram no Supremo. "Minha visão dele é a de um advogado sério e competente, que exibiu dedicação ao cliente e conduta ética, mesmo diante da adversidade. Da minha parte, será muito bem-vindo."

Ex-ocupante da vaga que deverá ser ocupada por Zanin, Ricardo Lewandowski disse que ele "será, com certeza, um magistrado competente e imparcial". [Zanin] é um experiente e combativo advogado que preenche todos os requisitos constitucionais para ocupar uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal", afirmou.

No UOL News, o ex-ministro Marco Aurélio Mello analisou positivamente a escolha. "Vejo com imensa tranquilidade, como vi com imensa tranquilidade as indicações nos mandatos anteriores do presidente Lula. Reafirmo: a envergadura da cadeira cobra uma fidelidade de propósito", afirmou.

Zanin foi advogado de Lula durante toda a Operação Lava Jato, em ações protagonizadas por Moro, e no período de sua prisão, entre 2018 e 2019. Seu escritório foi responsável pela defesa no STF e por levar o caso à ONU (Organização das Nações Unidas).

Caso tenha a indicação aprovada, Zanin, que tem 47 anos, poderá ficar no cargo até 2050. A escolha já foi publicada numa edição extra do Diário Oficial da União, pedindo o encaminhamento do processo ao Senado.

Moro critica escolha. O senador, ex-juiz da Lava Jato, considerou que a indicação de Zanin "não favorece a independência da instituição e fere o espírito republicano".