Em estreia de live semanal, Lula fala de MST, economia e seleção brasileira
O presidente Lula (PT) fez um rápido balanço do terceiro mandato na estreia da live semanal hoje e palpitou até sobre a seleção brasileira de futebol.
O que aconteceu
O governo estreou nesta manhã o programa "Conversa com o Presidente", que, segundo Lula, deverá ocorrer toda terça-feira. Comandado pelo jornalista Marcos Uchôa, ex-Globo, o objetivo da live é falar sobre ações e feitos da gestão.
Em pouco mais de meia hora, Lula fez um panorama breve: tratou sobre a retomada da economia, respondeu sobre a relação entre agronegócio e MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que tem trazido problemas para o governo, e abordou o problema da alfabetização no Brasil.
Como fazia com o "Café com o Presidente", nos primeiros mandatos, Lula deverá falar do que o governo tem feito de uma maneira mais descontraída. Em reuniões, o presidente tem reclamado com frequência de que problemas repercutem muito mais do que pautas positivas.
As lives semanais foram marca do governo Jair Bolsonaro (PL), que transmitia toda quinta-feira à noite. O ministro Paulo Pimenta, da Secom (Secretaria de Comunicação Social), já negou que haja qualquer relação.
Toda terça-feira
Estamos numa guerra contra fake news, precisamos derrotar o ódio e valorizar a fraternidade, a solidariedade, o amor. Estamos em uma fase de muito trabalho, toda terça estarei pronto para discutir o assunto que você entender que deve ser discutido."
Lula, na estreia da live semanal
A avaliação da Secom é que o próprio presidente, com sua maneira espontânea —e às vezes aberta a gafes —é o melhor comunicador do governo. O programa, previsto semanalmente, deverá funcionar como um bate-papo segmentado por temas —na estreia, foi feito um panorama geral.
O formato deverá sofrer pequenas modificações. Uma das ideias é que sejam colocadas perguntas da população, só não se sabe se poderia ser feito por vídeo ou por escrito, lidas por Uchôa.
A exemplo de hoje, em que Lula palpitou sobre a seleção brasileira, também deverão tocar em assuntos mais informais e até pessoais da vida do presidente. Internamente, diz-se que não há tema proibido, mas as polêmicas deverão ficar de fora.
Início de mandato
Acho que o povo brasileiro tem que ter um pouquinho de paciência. [...] Vamos trabalhar muito porque o povo brasileiro está com muita expectativa, quer salário, educação de qualidade, área de lazer, acesso a cultura e tudo isso está dentro do nosso planejamento para em 2026 entregar o país melhor do que entreguei em 2010."
Avanço na economia
Quando a gente resolveu aumentar o salário mínimo, a gente disse, ele vai aumentar um pouquinho agora, mas daqui pra frente, todo ano o salário mínimo vai ter aumento real. Quando a gente resolveu aumentar a tabela do imposto de renda para R$ 2.640 é porque queremos chegar aos R$ 5.000 no fim do meu mandato, sem pagar imposto de renda."
Relação com o agro
Nunca tive problema com o agronegócio, governei por oito anos esse país, eles sabem de tudo que fizemos por eles. [..] Do ponto de vista econômico, não tem problema conosco, de financiamento. O problema pode ser ideológico, mas se for, paciência."
MST
Eu disse ao Paulo Teixeira [ministro do Desenvolvimento Agrário] que não precisa mais invadir terra. Se quem faz o levantamento da terra improdutiva é o Incra, a partir daí vamos discutir a ocupação dessa terra, não precisa ter barulho, guerra. O que precisa ter é competência e articulação."
Futebol brasileiro
O futebol brasileiro não está bem, a gente já não é mais o melhor futebol do mundo. Hoje, a gente virou um país exportador de jovens jogadores que ficam experientes no exterior, a gente vende eles com 17 [anos] e compra com 34, essa é a lógica. Lamento que nossa seleção não esteja preparada para disputar grandes eventos. Esses dias eu vi a seleção sub-20, com jogadores experientes, perdeu para Israel, não tem explicação."
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