'Tudo sob controle, estou à disposição', diz ministra após reunião com Lula
A ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil-RJ), disse que a conversa que teve hoje com o presidente Lula (PT) foi "muito boa" e que ela continua "à disposição". A declaração foi dada ao chegar à Câmara dos Deputados para uma audiência sobre as ações da pasta para o setor.
O que aconteceu
"Está tudo sob controle, estou à disposição", disse a ministra ao ser questionada sobre reunião na manhã desta quinta-feira com o presidente Lula e sobre a pressão do União Brasil pelo seu cargo. Ela foi à Câmara para participar de uma audiência pública.
A vaga da ministra foi reivindicada pelo partido depois que ela decidiu deixar a sigla pelo Republicanos. O centrão indicou o nome do deputado Celso Sabino (União Brasil-PA) para assumir a pasta e contemplar o partido no Planalto.
Depois da reunião pela manhã no Planalto, Lula decidiu mantê-la no cargo por enquanto. Ela se encontrou com o presidente acompanhada do marido, Waguinho (União Brasil), prefeito de Belford Roxo (RJ).
A decisão de substituí-la, porém já foi tomada, segundo Tales Faria, colunista do UOL — o nome de Sabino é visto como uma forma de contemplar o centrão na Esplanada e diminuir a tensão entre deputados e o governo.
No encontro de hoje, segundo o UOL apurou, Lula elogiou o trabalho de Daniela e reforçou a importância da parceria com Waguinho, mas disse que está construindo uma saída para um "problema concreto", que é o fato de o União Brasil querer rever a indicação de suas três pastas.
Depois de se reunir com Lula, a ministra disse nas redes sociais que apresentou ao presidente projetos e ações da pasta "para os próximos meses". "Seguimos juntos no trabalho para fortalecer o turismo como vetor de desenvolvimento econômico e social do nosso Brasil, disse.
Deputada mais votada no Rio em 2022, ela foi uma das principais apoiadoras do petista no estado ao lado de Waguinho, político mais influente da Baixada Fluminense.
O apoio do União
O partido não quis garantir apoio total no Congresso às pautas governistas. Entre os 59 deputados, há cerca de 20 já definidos como oposição. A decisão de manter o partido como independente à gestão petista dá a prerrogativa de haver dissidências das bancadas na Câmara e no Senado.
Ontem, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), negaram que haja planos de reforma ministerial. Os dois desconversaram sobre mudanças em outros ministérios, mas não negaram que a saída da deputada pudesse ocorrer.
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