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Lista tríplice para PGR: Luiza Frischeisen é a mais votada

A lista é encabeçada pela subprocuradora-geral da República Luiza Frischeisen, que recebeu 526 votos.  - Antonio Augusto / Divulgação PGR
A lista é encabeçada pela subprocuradora-geral da República Luiza Frischeisen, que recebeu 526 votos. Imagem: Antonio Augusto / Divulgação PGR

Do UOL, em São Paulo

21/06/2023 19h28

A subprocuradora-geral da República Luiza Frischeisen recebeu 526 votos e foi a mais votada na eleição da lista tríplice para a PGR (Procuradoria-Geral da República).

O que aconteceu:

Eleição foi realizada hoje pela ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República). No Ministério Público há 31 anos, Luiza Frischeisen também foi a mais votada em 2021, mas Bolsonaro ignorou a indicação e reconduziu Augusto Aras, atual procurador-geral.

O segundo colocado, o subprocurador-geral da República Mario Bonsaglia recebeu 465 votos. O terceiro mais votado foi o subprocurador-geral da República José Adonis, que recebeu 407 votos.

A ANPR encaminhará os nomes ao presidente da República, com a indicação dos respectivos currículos, como forma de contribuir para o processo de escolha.

O presidente da ANPR, Ubiratan Cazetta, solicitou nesta terça-feira audiência com o presidente Lula.

A manifestação dos membros do Ministério Público Federal reforça uma luta histórica, que longe de ser corporativa, acena para a sociedade brasileira e para o próprio Presidente da República com um sistema que repete o desenho adotado para todos os demais Ministérios Públicos brasileiros e que traz a vantagem da transparência em sua formulação. Continuaremos a manter o diálogo e a busca por um modelo de escolha que fortaleça o papel do Procurador-Geral da República na construção da democracia, com sua autonomia e independência".
Ubiratan Cazetta, presidente da ANPR.

Lula deve ignorar lista

A escolha do nome do novo PGR é uma atribuição do presidente da República, definida na Constituição.

Mas os presidentes da República não têm a obrigação legal de seguir a lista tríplice. Lula, que nos seus primeiros mandatos (2003-06 e 2007-10) seguiu a lista, afirmou abertamente que não tem mais compromisso com ela.

O petista tem indicado independência em relação à proposta. Em 2021, a ANPR também já esperava que a lista não seria seguida. Mesmo sabendo que Bolsonaro reconduziria Aras ao cargo, três procuradores se inscreveram como forma de marcar posição.