CPI do 8/1 tem dia de bate-boca e denúncia de tentativa de desmoralização
A reta final da sessão de hoje da CPI do 8/1 foi marcada por discussões entre congressistas e até mesmo com o depoente, coronel Jorge Eduardo Naime, ex-chefe de Operações da PM-DF.
Discussão entre deputados
Ao questionar o coronel, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) o acusou de ter escoltado manifestantes até a sede dos Três Poderes. Naime disse que estava de férias e afirmou que o senador estava "faltando com a verdade".
O senador reformulou a fala, dizendo ter sido a PM quem fez a escolta. Em seguida, ele se desconcentra com a ação do deputado Abilio Brunini (PL-MT), que estava gravando a fala dele.
Vários congressistas questionam o deputado, inclusive a relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que o acusa de tentar desmoralizar membros governistas. Arthur Maia (União Brasil-BA), presidente da CPI, pediu, que os deputados deixassem de gravar e utilizassem a filmagem oficial do Senado.
Ao retomar sua fala, Contarato disse esperar esses comportamentos de parlamentares que fazem as gravações, pois eles "concorreram para esse crime [do 8 de Janeiro]". Questionado sobre qual seria o crime cometidos, o senador responde: "Vai estudar direito penal, deputado".
Discussão entre deputados
Minutos antes, o deputado André Fernandes (PL-CE) interrompeu a relatora enquanto ela fazia uma pergunta ao depoente. Ele perguntou ao presidente da CPI se Eliziane havia voltado a questionar o coronel.
É feita uma intervenção pelo deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), sem ser possível ouvi-la. Fernandes, então, diz estar direcionando a pergunta ao presidente da comissão.
Na sequência, Vieira chama o deputado do PL de hipócrita, que responde: "hipócrita é você, que usa nome de pastor sem ser pastor". Arthur Maia interveio e a discussão foi encerrada.
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