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Após inelegibilidade, Bolsonaro ataca TSE e diz que Lula pode ganhar de W.O

Do UOL, em São Paulo

30/06/2023 13h45Atualizada em 30/06/2023 15h13

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de torná-lo inelegível por oito anos.

O que aconteceu:

Bolsonaro atacou o TSE por medidas tomadas na campanha eleitoral. "Foi um massacre em cima de mim por alguns setores da sociedade. O TSE trabalhou contra minhas propostas, fui proibido de mostrar imagens do Lula com gorro do CPX, do Complexo do Alemão, proibido de fazer live em sua casa, de mostrar imagens do 7 de setembro".

O ex-presidente afirmou que ainda não há candidatos da oposição para enfrentar Lula nas próximas eleições. "Seria quase um W.O", disse. A vitória por W.O é concedida quando o adversário do vencedor é impossibilitado de competir.

Acredito que tenha sido a primeira condenação por abuso de poder politico. Acredito que esse tenha sido meu crime, um crime sem corrupção. Desde que assumi falaram que eu ia dar golpe. Acompanhamos as eleições, a maneira como TSE agiu e proibiu até de fazer live na minha casa.
Jair Bolsonaro

Isso é crime? Abuso de poder político? Por defender algo que sempre defendi quando parlamentar [o voto impresso]?

Há pouco tempo tentaram me matar em Juiz de Fora, levei uma facada na barriga. Hoje levei uma facada nas costas com a inelegibilidade.

Acho que o Brasil fica de luto, alguém vai soltar fogos, obviamente. [Lula] vai entrar em campo para ganhar por quase W.O. em 2023, mas isso é democracia.

Por que o TSE tornou Bolsonaro inelegível?

Bolsonaro é investigado pela reunião com embaixadores. A acusação do PDT é de abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação.

Na ocasião, o ex-presidente falou especialmente sobre um inquérito aberto pela PF, em 2018, que apurou uma invasão cibernética aos sistemas do TSE. Desde que o presidente vazou esse documento em suas redes sociais, no ano passado, o tribunal sustentou que o ataque hacker não levou risco à integridade das eleições naquele ano.

Bolsonaro fez insinuações de que nenhum dos ministros seria imparcial o suficiente para conduzir o processo eleitoral. "O que nós queremos? Paz e tranquilidade. Agora: por que um grupo de apenas três pessoas [Fachin, Barroso e Moraes] quer trazer instabilidade para o nosso país?"