Conteúdo publicado há 11 meses

Ciro Nogueira diz que 'não há hipótese' do PP integrar governo Lula

O senador Ciro Nogueira (PI) disse, em entrevista à CNN Brasil hoje, que "não há hipótese" do PP - partido do qual é presidente nacional - integrar o governo Lula (PT) ou indicar um nome para algum cargo.

O que aconteceu:

Ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL), Ciro ressaltou que o PP é oposição ao atual presidente. "Nosso partido é um partido com viés de oposição. Temos diferenças claras e marcantes sobre a forma de ver o país que o PT tem. Se depender de mim, nenhum membro do nosso partido irá integrar esse governo".

Porém, o senador também disse que não proibiria nenhum filiado a aceitar um convite do governo. "Caso integre, ninguém está proibido, mas será feito individualmente. Não irá contar com nosso apoio nessa indicação", acrescentou.

Durante a entrevista, Ciro Nogueira também afirmou que Bolsonaro cometeu um "erro de avaliação" ao defender o voto contrário à reforma tributária. "Acho que foi um erro de avaliação. Ele deveria ter discutido, dito quais são os pontos, como nós vamos fazer agora no Senado. Tive uma conversa com ele ontem, ele foi levado a esse erro".

Negociação com centrão:

Segundo a colunista do UOL Carla Araújo, o presidente Lula já selou com líderes do centrão e com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), sua disposição em abrir espaço no governo para angariar votos dos partidos que hoje não estão formalmente na base como Republicanos, PP e até mesmo integrantes do PL.

Caixa Econômica Federal, Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Ministério dos Esportes e Funasa são os itens que integram a lista de desejos do centrão.

O sucessor nos Esportes pode ser o segundo nome colocado a Lula pelo centrão: o do deputado André Fufuca (MA), que é líder do PP na Câmara. O nome de Fufuca, segundo auxiliares de Lula, também teve o aval do presidente.

O PP também aparece na negociação pelo comando da Caixa. O nome indicado pelo centrão ao posto é o do ex-ministro Gilberto Occhi (PP), que presidiu a instituição no governo Temer. Segundo auxiliares de Lula, o nome de Occhi foi aprovado pelo presidente.

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