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Moraes e família depõem à PF sobre ataque em aeroporto de Roma

O ministro do STF Alexandre de Moraes presta depoimento à Polícia Federal sobre as agressões sofridas no aeroporto de Roma.

O que aconteceu:

Moraes está sendo ouvido na Superintendência da PF em São Paulo, conforme informado pelo STF ao UOL. O ministro está acompanhado da esposa e dos três filhos.

Um dos filhos do ministro chegou a ser agredido fisicamente na ocasião, segundo a investigação. As agressões teriam partido do empresário Roberto Mantovani Filho.

A Polícia Federal ainda aguarda receber as imagens do aeroporto. Autoridades italianas passarão as gravações de câmeras de segurança à Interpol.

A PR usa as frentes de cooperação policial internacional, pela Interpol, e também acionou o DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional), vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, para acelerar o acesso.

Relembre o caso

Moraes afirmou ter sido hostilizado por três brasileiros no Aeroporto Internacional de Roma. O episódio teria ocorrido por volta das 18h45 da sexta-feira (horário local, 13h45 em Brasília). O ministro estava na Itália para participar do Fórum Internacional de Direito.

Roberto Mantovani Filho, Andréa Mantovani e Alex Zanatta foram apontados como os agressores. O empresário foi expulso do PSD, partido que integrava desde março de 2016.

O ministro foi chamado de "bandido, comunista e comprado", conforme a investigação. As palavras teriam vindo de Andreia. Advogados criminalistas afirmaram ao UOL que os brasileiros podem responder por crimes de injúria e agressão.

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Depoimentos à PF

Em depoimento à PF, Roberto Mantovani admitiu que houve um "entrevero", mas negou ter empurrado o filho do ministro. Mantovani, a esposa Andreia Munarão e o filho deles, que teria tentado impedir as agressões, prestam depoimento hoje à Polícia Federal em Piracicaba (SP).

O depoimento do empresário teve cerca de duas horas de duração. Conforme o advogado, Mantovani disse à PF que "jamais proferiu qualquer ofensa direcionada ao ministro", que o contato inicial com Moraes foi "visual" e que, "em um segundo momento", teria ocorrido o "contato pessoal", quando o magistrado sai de uma sala vip para tirar o filho da área externa onde ocorria o desentendimento.

A defesa alega que o empresário e sua família não sabiam que se tratava do filho de Moraes até desembarcarem no Brasil e serem abordados pela Polícia Federal. No domingo, o genro de Mantovani, Alex Zanatta Bignotto, também foi ouvido pela PF.

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