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Bolsonaro ironiza divulgação de Pix, mas pondera que dados eram 'sigilosos'

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) agradeceu hoje as doações que recebeu por Pix de apoiadores, mas criticou a divulgação de dados dele presentes em relatório Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e que estão sob sigilo.

O que aconteceu

O ex-presidente disse que a divulgação das informações "infringiram o devido processo legal" ao comentar a notícia sobre ele ter recebido mais de R$ 17 milhões em Pix em 2023.

A declaração ocorreu durante almoço com prefeitos, vice-prefeitos e secretários de Estado do PL em SC.

Em tom irônico, Bolsonaro se referiu ao Pix como "assunto do dia" e agradeceu as doações feitas a ele. No começo do ano, apoiadores enviaram dinheiro para que o ex-presidente pagasse multas recebidas por episódios como não usar máscara na pandemia.

O ex-presidente também voltou a afirmar que seu governo foi responsável pela criação do Pix, apesar disso não ser verdade. O Banco Central iniciou o processo de criação da plataforma em 2018, durante o governo Michel Temer.

Bolsonaro e a mulher, Michelle Bolsonaro, estão em Santa Catarina a convite da deputada Júlia Zanatta (PL-SC), e visita Florianópolis para o lançamento do PL Mulher.

Eu agradeço aqueles que doaram, de forma voluntária. Mas, mais uma vez, infringiram o devido processo legal, divulgando dados sigilosos, mas tudo bem.
Jair Bolsonaro

Defesa de Bolsonaro diz que valores recebidos têm 'origem lícita'

A defesa de Jair Bolsonaro afirmou que os valores recebidos por ele via Pix têm "origem absolutamente lícita".

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A divulgação dos dados foi classificada como "inaceitável" e "criminosa", em nota assinada pelos advogados Paulo Bueno, Daniel Tesser e Fábio Wajngarten.

Os advogados declararam que vão tomar providências criminais cabíveis para apuração da autoria da divulgação das informações.

Para que não se levantem suspeitas levianas e infundadas sobre a origem dos valores divulgados, a defesa informa que estes são provenientes de milhares de doações efetuadas via Pix por seus apoiadores, tendo, portanto, origem absolutamente lícita.
Defesa de Bolsonaro, em nota

Doações por Pix:

Bolsonaro recebeu R$ 17,1 milhões em suas contas entre os dias 1º de janeiro e 4 de julho deste ano. A informação foi registrada em relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), que apontou que o valor foi movimentado em 769 mil transações.

Apoiadores do ex-presidente promoveram uma vaquinha para pagar multas processuais. A justificativa é de que ele seria vítima de "assédio judicial" e que precisa de ajuda para quitar "diversas multas em processos absurdos".

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