Juiz arquiva pedido de punição a Cid por silêncio na CPI: 'Teatro político'
A Justiça Federal de Brasília arquivou uma representação feita pela CPMI de 8 de janeiro que acusava o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, de "abusar do direito ao silêncio" durante depoimento realizado no dia 11 de julho.
O que aconteceu
Sessão foi "um teatro político", escreveu o juiz Antonio Claudio Macedo da Silva, da 10ª Vara Federal do DF, na decisão de rejeitar a queixa da CPI.
Segundo o juiz, o "verdadeiro abuso de autoridade" foi cometido por membros da CPMI. Ele afirma que os parlamentares fizeram ameaças de convocar a esposa do militar à comissão.
Cid se manteve em "equilíbrio admirável para quem está preso há tanto tempo e sob intensa pressão psicológica", pontuou o magistrado. Na decisão, ele relatou que assistiu à audiência pela internet.
O Ministério Público Federal também havia se manifestado contra a queixa da CPI. Segundo o MPF, "não há que se falar em abuso do direito ao silêncio" por parte de Cid.
O que se assistiu naquela sessão foi a um teatro político, no qual forças políticas antagônicas, ao invés de apurar as causas e origens dos lamentáveis fatos ocorridos no dia 8 de janeiro do corrente ano, buscavam, em verdade, prolongar a polarização política que permeou as eleições presidenciais de 2022
Juiz Antonio Claudio Macedo da Silva
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