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Gastos de homem preso por bomba no DF são incompatíveis com renda, diz Coaf

George Washington Sousa, condenado por planejar um atentado a bomba nas proximidades do aeroporto de Brasília, tem movimentação financeira "incompatível com o patrimônio e ocupação profissional".

O que aconteceu:

O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) identificou que George Washington apresentou uma movimentação financeira atípica, com "indícios de financiamento ao terrorismo". As informações foram obtidas pelo jornal O Globo.

Entre março e dezembro de 2022, foram movimentados R$ 749 mil em três contas. Segundo o Coaf, R$ 380 mil das transações aconteceram no crédito e R$ 369 mil no débito.

O volume transacionado em sua conta dentro do período da análise excede sua capacidade financeira, sendo que algumas operações específicas apresentam atipicidades potencialmente relacionadas à compra de armamentos.
Trecho do relatório do Coaf

À polícia, George Washington afirmou ser gerente de quatro postos de gasolina no interior do Pará com renda média entre R$ 4 mil e R$ 5 mil.

Ele relatou ter gasto R$ 160 mil na aquisição de armas e munições desde 2021. Em mensagem apreendidas pela Polícia Civil, George Washington disse ser possível "começar uma guerra" com a quantidade de armamentos.

O Coaf rastreou uma série de pagamentos fracionados a clubes de tiros e lojas de armas de Brasília, Goiânia e São Paulo, que variam entre R$ 215 e R$ 35 mil. Na época do atentado, a polícia encontrou um arsenal na casa de George Washington, que incluía fuzil, espingardas, pistolas, revólver e mais de R$ 2 mil em munições e dinamites.

O Coaf também identificou que George Washington gastou R$ 4,5 mil em uma loja de joias em Goiânia em março de 2022. Na mesma época, ele pagou R$ 6,3 mil em empórios de comida e bebidas gourmet.

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