Moraes autoriza, e Dino vai enviar imagens do 8/1 à CPI
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou, nesta segunda-feira (7), o envio das imagens dos ataques golpistas do 8 de janeiro para a CPI do 8/1. O Ministério da Justiça acionou a Polícia Federal para que os vídeos sejam apresentados na comissão.
O que aconteceu:
Na decisão, Moraes declarou que "na presente hipótese, não está caracterizada qualquer excepcionalidade que vede a cessão e compartilhamento de imagens à CPMI". A decisão atende a um pedido da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Congresso que investiga o assunto.
O ministro argumentou que a administração pública tem o dever de absoluta transparência na condução dos negócios públicos, "salvo em situações excepcionais, como, por exemplo, importantes diligências em andamento".
O Ministério de Justiça afirmou que já tomou conhecimento da decisão de Moraes. Em nota, o órgão também esclareceu que irá acionar a Polícia Federal para enviar as imagens.
A relatora da CPI do 8 de Janeiro, Eliziane Gama (PSD-MA), afirmou que as imagens que serão importantes e vão trazer elementos para elucidar quais atores deveriam ter agido para evitar que as manifestações ocorressem, em entrevista à CNN Brasil, logo após a decisão de Moraes.
O que disseram as partes:
Autorizo ao ministro da Justiça e Segurança Pública o envio e compartilhamento das imagens do dia 08/01/2023, tanto do circuito interno quanto externo de segurança do Palácio da Justiça, com a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, nos termos do requerimento formulado.
Alexandre de Moraes, ministro do STF
O MJSP já tomou conhecimento da decisão do Ministro Alexandre de Moraes a respeito das imagens de 8 de janeiro.O MJSP irá acionar a Polícia Federal para enviar as imagens. Tão logo seja feito, será avisado à imprensa.
Ministério da Justiça e Segurança Pública
Esse conjunto, na verdade, de imagens, nos dará elementos importantes que é a compreensão da dimensão, de fato, dos atores que estavam envolvidos na necessidade de impedir aquelas manifestações ocorressem, e eventualmente não agiram.
Eliziane Gama à CNN
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