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Moraes autoriza acesso de defesa de Michelle Bolsonaro a inquérito no STF

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou nesta terça-feira (15) que a defesa da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tenha acesso aos autos do inquérito conhecido como "milícias digitais".

O que aconteceu:

Moraes atendeu a pedido da defesa de Michelle. "Defiro acesso dos autos aos advogados regularmente constituídos por Michelle de Paula Firmo Reinaldo Bolsonaro, para integral conhecimento das investigações a ela relacionadas (Inq. 4.874/DF)", diz trecho da decisão do ministro.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro contratou o criminalista Daniel Bialski para representá-la na investigação das joias. "A Sra. Michelle Bolsonaro está absolutamente tranquila porque não participou e desconhece ter ocorrido irregularidade ou ilicitude", diz a primeira manifestação do Bialski no caso.

O advogado foi constituído depois que a Polícia Federal pediu a quebra dos sigilos bancário e fiscal da ex-primeira-dama.

Ele informou que havia pedido acesso aos autos para "conhecer quais as suspeitas existentes e que eventualmente mencionam" Michelle. Biakski é um criminalista estabelecido em São Paulo que, nos últimos anos, se notabilizou na defesa de alvos de processos polêmicos - como o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (MDB).

Antes da ex-primeira-dama, ele representou outros bolsonaristas, como a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.

Quebra de sigilo bancário

A Polícia Federal pediu a quebra dos sigilos fiscal e bancário da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no inquérito que apura supostos desvios de presentes de luxo entregues por autoridades estrangeiras a Jair Bolsonaro (PL), quando ele era presidente da República.

O ex-mandatário também foi alvo do pedido. Os pedidos foram enviados ao relator do caso no Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes, a quem cabe autorizar a implementação da medida.

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Uma operação da PF realizada na última sexta-feira (11) cumpriu mandados de busca e apreensão contra pessoas do entorno do ex-presidente, mas ele e Michelle não foram alvos da ação.

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