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Justiça nega transferência de Silvinei da Papuda para Batalhão da PM

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios negou a transferência de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, que está preso na Papuda.

O que aconteceu:

A defesa havia pedido que Silvinei ficasse no Núcleo de Custódia da Polícia Militar, no Batalhão Militar do DF.

A juíza Leila Cury discordou dos argumentos da defesa e ressaltou que a custódia pleiteada é reservada para presos militares que ainda têm vínculo com a instituição, civis inscritos na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), "ou quaisquer outros com prerrogativa legal para alocação, enquanto preso provisório, em sala de estado maior". Cury disse que Silvinei não se enquadra nessas condições.

Além disso, os advogados do ex-PRF citaram as restrições alimentares dele, que é portador de doença celíaca, ou seja, é intolerante a glúten. A juíza afirmou que "o estabelecimento prisional está ciente e já foram tomadas as providências necessárias". A defesa pode recorrer.

Preso há uma semana

Silvinei foi preso no dia 9 de agosto, em Florianópolis (SC), e transferido para Brasília (DF). Ele foi alvo de uma operação da Polícia Federal para "esclarecer o suposto uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral" no segundo turno do ano passado.

No dia do segundo turno eleitoral de 2022, a PRF montou uma série de blitze em todos os estados do país para evitar crimes eleitorais. O Supremo Tribunal Federal havia proibido operações que afetassem o trânsito de eleitores.

Conforme documento obtido pelo UOL, a PRF escalou mais agentes de folga para trabalhar nesse dia em estados onde Lula (PT) havia ganhado de Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.

Em nota, a PRF disse que colabora com as autoridades "com o fornecimento de dados referentes ao trabalho da instituição, como o número de veículos fiscalizados e multas aplicadas nas rodovias federais".

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