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Michelle chama quebra de sigilo de perseguição: 'Bastava me pedir'

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro falou sobre a quebra de sigilo fiscal e bancário autorizada pelo STF.

O que aconteceu:

Michelle reclamou da determinação do ministro Alexandre de Moraes. "Pra quê quebrar meu sigilo bancário e fiscal? Bastava me pedir".

Ela diz ser vítima de uma "perseguição política" que quer manchar o nome de sua família.

Na noite de ontem, Moraes autorizou, a pedido da PF (Polícia Federal), a quebra do sigilo fiscal e bancário do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de Michelle.

O objetivo é saber se o dinheiro da venda de joias da Presidência chegou até o ex-presidente. A medida foi solicitada após a operação de sexta passada (11), que mirou um esquema de desvio e venda no exterior dos bens dados de presente à Presidência da República em missões oficiais —como os conjuntos de joias recebidos da Arábia Saudita.

Pra quê quebrar meu sigilo bancário e fiscal? Bastava me pedir! Quem não deve, não teme!

Fica cada vez mais claro que essa perseguição política, cheia de malabarismo e inflamada pela mídia, tem como objetivo manchar o nome da minha família e tentar me fazer desistir. Não conseguirão!

Estou em paz!
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As suspeitas da PF

A PF aponta que os recursos gerados com as venda dos bens eram repassados a Bolsonaro em dinheiro vivo. Outros indícios da participação do ex-presidente se deve ao fato de as joias serem levadas ao exterior durante viagens presidenciais em aviões da FAB.

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Uma das joias seria um conjunto composto por um relógio com pulseira em couro, par de abotoaduras, caneta rosa gold, anel e um masbaha (espécie de rosário islâmico) rosa gold.

O advogado Frederick Wassef, trabalha na defesa de Bolsonaro, disse que foi aos EUA para recomprar o relógio Rolex dado por autoridades sauditas com a intenção de repassar o item para o governo federal.

Os valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente da República, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores.
Trecho da manifestação da PF ao STF

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