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Mauro Cid: advogado diz que depoimento à PF 'não tem a ver com o Delgatti'

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid prestou depoimento na tarde de hoje à PF (Polícia Federal) em Brasília, onde está preso desde maio.

O que aconteceu

Cid permaneceu na sede da PF por cerca de seis horas, mas o depoimento completo durou aproximadamente de duas horas, segundo Cezar Bitencourt, advogado do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Ainda de acordo com o advogado, uma queda de sistema atrasou a oitiva. "O sistema caiu, nós estamos há horas esperando [...] Depoimento foi em torno de duas horas. Uma conversa, bate-papo, orientação", explicou.

Questionado sobre o teor das declarações de Cid, Bitencourt evitou dar detalhes. "Falou sobre o que perguntaram. Sobre os fatos", disse. Em seguida, negou que o cliente tenha falado sobre o hacker Walter Delgatti. "Nem sei do Delgatti. Não tem nada a ver com o Delgatti", afirmou.

Convocado para falar nas CPIs sobre o 8 de janeiro, tanto a do Congresso quanto a da Câmara do Distrito Federal, Cid se manteve calado. Ele não se pronunciou sobre os casos de joias desviadas pelo governo Bolsonaro ou sobre possível falsificação de cartões de vacina, que resultou em sua prisão neste ano.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro recentemente contratou uma nova defesa, com o advogado Cezar Bitencourt. Na semana passada, Bitencourt disse à revista Veja que Cid iria confessar no caso das joias e colocaria o ex-presidente como mandante do esquema, mas depois recuou e deu versões divergentes.

Ontem, o advogado se encontrou por dez minutos com o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), responsável pelo relatório desse inquérito.

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