Produtora da pré-campanha de Moro a presidente penhora R$ 2,6 mi do Podemos
A produtora de filmes D7, que fez os vídeos da pré-campanha de Sergio Moro (União Brasil-PR) à Presidência, conseguiu penhorar R$ 2,6 milhões do Podemos, partido que o atual senador estava filiado à época.
O que aconteceu
O valor foi depositado ontem em uma conta que vai ser administrada pela Justiça de São Paulo, onde tramita a ação.
Agora, o partido tem cinco dias para se manifestar sobre a penhora. Isso é o que determina o despacho assinado pela juíza Flávia Poyares Miranda, da 28ª Vara Cível de São Paulo.
Procurada pelo UOL, a assessoria de imprensa do Podemos disse que essa ação é contestada pelo partido. A legenda afirmou que a petição inicial do processo tem "vícios" e que o pagamento é "indevido" pela D7 não ter cumprido totalmente o contrato com o partido.
Segundo os advogados do Podemos, ação também não citou uma pessoa ligada ao partido na abertura do processo, o que fez com que o partido só começasse a se defender posteriormente. Além disso, a D7 teria pedido o pagamento integral pelo serviço que estava previsto em contrato.
Justiça tentou bloquear R$ 2,3 milhões do Podemos em agosto
A ordem original de bloqueio, do mês passado, era de R$ 2,3 milhões, mas o valor encontrado nas contas do partido foi de apenas R$ 6.300.
A constrição se deu a pedido da D7, que alega calote no contrato com o Podemos. A empresa diz que prestou serviços de assessoria em comunicação social, marketing e publicidade para a pré-campanha de Moro. O partido nega que foram esses os serviços prestados e afirma que a produção de inserções nacionais, que estava prevista em contrato, não foi cumprida.
Inicialmente o ex-juiz lançou pré-candidatura à Presidência pelo Podemos. Em abril de 2022, porém, ele migrou para o União Brasil e desistiu da corrida ao Planalto. O antigo partido de Moro diz que a saída ocorreu devido à contratação do suplente dele por R$ 1 milhão pelo União Brasil para um serviço de consultoria jurídica eleitoral.
Pelo União Brasil, Moro concorreu à vaga no Senado, pelo Paraná, e foi eleito com 1,9 milhão de votos. A cadeira do senador, no entanto, está sob ameaça - o parlamentar é alvo de ação que pede sua cassação por suposto caixa 2 nas eleições 2022.
O bloqueio das contas do Podemos foi decretado no início do mês pelos desembargadores da 19ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo. No entanto, quando a Justiça foi vasculhar as contas da legenda, encontrou somente R$ 6,287,25, que já foram penhorados.
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