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Anielle defende que Lula escolha mulher negra para o STF: 'Elo histórico'

A ministra Anielle Franco, da pasta da Igualdade Racial, defendeu em um artigo que o presidente Lula (PT) escolha uma ministra negra para ocupar a vaga de Rosa Weber no STF.

O que aconteceu

Anielle apontou a possibilidade como "elo histórico" entre a Constituição e a Justiça brasileira em um artigo publicado no portal Poder 360 no domingo (3).

Vivo isso como ministra da Igualdade Racial, quando a visibilidade e a audiência ao meu discurso de representante de Estado revestem de holofote tudo o que eu sempre disse antes de chegar aqui. Quero ver outra ministra negra acessando o espaço que lhe cabe e revigorando a democracia, uma ministra negra no Supremo Tribunal Federal.
Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial

Ministra destacou a importância da representatividade que, no caso das mulheres negras, é inexistente até hoje na Suprema Corte. No texto, ela também citou a história da primeira advogada brasileira (uma mulher negra escravizada), Esperança Garcia, e a deusa grega Themis.

Uma advogada negra na Suprema Corte aponta necessariamente para o caminho do equilíbrio e da equidade que embasam o ideal de justiça. Faz uma ponte possível entre o universo da deusa Themis e o de Esperança Garcia.
Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial

Não houve citações ou críticas à escolha anterior de Lula por Cristiano Zanin, cujas decisões desagradaram base do presidente nas últimas semanas. A ministra cita, porém, uma petição lançada para pressionar o presidente a escolher uma magistrada negra para o cargo, na qual Zanin é definido como um "conservador".

Vaga de Rosa Weber é alvo de disputa no governo

Interlocutores do presidente Lula relataram à colunista Juliana Dal Piva, do UOL, que o nome do ministro da Justiça, Flávio Dino, voltou a ganhar força para a vaga do STF (Supremo Tribunal) que irá abrir a partir da aposentadoria da ministra Rosa Weber, em outubro.

Outro nome na disputa seria o do advogado-geral da União, Jorge Messias.

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Se Lula escolhesse mais um homem branco, STF teria Cármen Lúcia como única mulher e não teria nenhum ministro negro em sua composição. O último, o ministro Joaquim Barbosa, saiu da Suprema Corte em 2014.

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