Caso Marielle: 'Dois mil dias é tempo demais sem justiça', diz viúva
Na data em que os assassinatos de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completam 2 mil dias, a viúva da vereadora, Monica Benicio, disse que "é tempo demais sem justiça".
O que aconteceu:
Monica Benício usou as redes sociais para pedir respostas sobre o crime. "Exigimos saber a resposta 'quem mandou matar Marielle' e o porquê", escreveu.
A viúva ressaltou que o assassinato de Marielle foi "um crime político contra milhares de brasileiros".
"Dois mil dias é tempo demais sem justiça, é tempo demais de saudades. Perdemos uma parlamentar democraticamente eleita para defender as minorias", publicou, em uma sequência de posts para marcar a data.
#2MilDiasÉTempoDemais sem respostas para uma familia, para mais de 46 mil eleitores, para um país inteiro que exige saber #QuemMandouMatarMarielle . Confiamos que esse governo que é aliado da democracia não irá medir esforços até conseguir #JustiçaPorMarielleeAnderson
-- Monica Benicio ?? (@monica_benicio) September 4, 2023
Anielle Franco, irmã de Marielle e atual ministra da Igualdade Racial, também publicou uma homenagem nas redes sociais. "Eu abriria mão do meu sonho mais profundo pra ter você de volta. Ou melhor, pra você nunca ter me deixado. Já faz tanto tempo que eu não te sinto. Tanto tempo que eu não te ligo", escreveu.
Tanto tempo que eu não como aquele crepe de Nutella com você. Tanto tempo que eu não choro ou dou gargalhadas ao teu lado. Eu nem sei por onde começar a falar de saudade. Só sei que eu preciso tanto, tanto, tanto de tu. De onde quer que você esteja, fica comigo??
-- Anielle Franco (@aniellefranco) September 4, 2023
Cuida da gente! pic.twitter.com/OQlJmqUerw
Caso Marielle
A vereadora do Rio Marielle Franco e o motorista dela, Anderson Gomes, foram assassinados a tiros em 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, no Centro do Rio.
Os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos, apontados como autores dos homicídios — o primeiro teria atirado nas vítimas, e o segundo dirigia o carro que emparelhou com o da vereadora. Eles ainda não foram julgados, mas passarão por júri popular, em data ainda a ser definida pela Justiça do Rio.
Ainda não há sinalização sobre quem foi o mandante do crime. O primeiro inquérito, que concluiu a participação de Lessa e Queiroz, não conseguiu definir se eles agiram sozinhos ou a mando de alguém.
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