Alvo de operação, Braga Netto ganhou cargo no PL com salário de R$ 26 mil
O general Braga Netto, que foi um dos alvos de operação da Polícia Federal hoje, ganha do Partido Liberal um salário médio de R$ 26 mil por mês. Seu cargo é de Secretário Nacional de Relações Institucionais.
O que aconteceu?
A PF investiga uma suspeita de fraudes cometidas na compra de equipamentos durante a intervenção federal no Rio de Janeiro, em 2018. Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em quatro estados.
Braga Netto foi o interventor escolhido pelo então presidente, Michel Temer (MDB). O general também teve o sigilo telefônico quebrado porque a PF apura se ele participou ativamente do esquema.
O UOL analisou a prestação de contas do PL feita neste ano. Ela divide os custos com Braga Netto em quantidade de despesas. São seis despesas ao todo, até abril, totalizando R$ 155.575,23, o que resulta em uma média de R$ 26 mil.
Os gastos são descritos como "serviços técnico-profissionais" e aluguel e condomínio.
O total pago representa quase 1% de tudo o que o PL declarou como despesa até junho de 2023. O partido foi procurado para comentar os números, mas ainda não respondeu. O espaço está aberto a manifestações.
O que apura a investigação da PF
A operação apura se servidores públicos federais cometeram os crimes de patrocínio de contratação indevida, dispensa ilegal de licitação e organização criminosa durante a compra de 9.360 coletes balísticos no período da intervenção.
As compras em questão foram feitas com a empresa americana CTU Security LLC pelo gabinete de intervenção federal.
O valor total do sobrepreço da compra dos coletes foi de mais de R$ 4 milhões, segundo análise do Tribunal de Contas da União.
O general se defendeu dizendo que suspendeu a compra de coletes após encontrar "irregularidades" nos documentos fornecidos pela empresa contratada.
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