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'O golpe não interessou em momento nenhum às Forças Armadas', diz Múcio

O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que um golpe nunca interessou às Forças Armadas.

O que aconteceu:

Múcio afirmou que as Forças Armadas não participaram, como instituição, de um plano golpista para manter Jair Bolsonaro (PL) na Presidência. "São atitudes isoladas. Devemos ao Exército, Marinha e Aeronáutica a manutenção da democracia".

Ele saiu em defesa das Forças Armadas após vir à tona que o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, foi favorável a um plano para convocar novas eleições após a derrota de Bolsonaro. A informação consta em depoimento de Mauro Cid à Polícia Federal e foi divulgada pelo colunista do UOL, Aguirre Talento.

Evidentemente que constrange. Essa aura de suspeição coletiva nos incomoda, mas essas coisas que saíram hoje relativas ao governo passado não mexem com ninguém que está na ativa.
Ministro José Múcio

Mauro Cid confirmou à PF que Bolsonaro recebeu das mãos do assessor Filipe Martins uma minuta de decreto para convocar novas eleições, que incluía a prisão de adversários. A PF agora investiga se é a mesma minuta golpista encontrada na residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

Segundo o relato de Cid, Bolsonaro submeteu o teor do documento em conversa com militares de alta patente. Não houve adesão do Alto Comando das Forças Armadas, mas o almirante Almir Garnier sinalizou ser favorável ao plano em conversas de bastidores, diz Cid.

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