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Justiça altera penas de dupla condenada por armar bomba em Brasília

George Washington de Oliveira Silva teve sua pena aumentada e Alan Diego dos Santos Rodrigues teve redução de pena, após o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios acatar recurso do Ministério Público. Os dois foram condenados por planejar um atentado a bomba em frente ao Aeroporto de Brasília.

O que aconteceu:

A Justiça aumentou a pena de George Washington Silva para 9 anos, 8 meses e 7 dias de reclusão em regime fechado, quatro meses a mais do que fora estipulado. Além disso, deve pagar 55 dias-multa (cerca de R$ 2.420).

O relator Jansen Fialho de Almeida realizou uma reavaliação dos crimes cometidos por George Washington Silva e aumentou sua pena, entendendo que ele tentou praticar um incêndio para obter vantagem, além de considerar que transgrediu dois artigos do Estatuto do Desarmamento, que falam sobre posse, transporte e uso de armas de uso restrito.

Já Alan Diego dos Santos Rodrigues teve sua pena estipulada em 5 anos e pagamento de 17 dias-multa (cerca de R$748). A decisão anterior previa que Rodrigues cumprisse quatro meses de pena a mais. A redução se deu porque Alan confessou o crime espontaneamente.

Quando recorreu, a defesa dos acusados pediu absolvição ao argumentar que se tratava de crime impossível, visto que os réus não conseguiram detonar a bomba. Entretanto, o TJDFT validou a pena ao constatar que eles tentaram detonar a bomba, além de planejar o atentado e transportar o artefato. "Não há dúvida de que a conduta causou perigo concreto à vida e ao patrimônio de outrem", escreveu o relator.

George Washington de Oliveira e Alan Rodrigues chegaram a pedir a devolução do armamento apreendido, mas o pedido foi negado pela Justiça.

Relembre o caso:

George Washington de Oliveira Silva, Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza foram condenados por planejar um atentado em frente ao Aeroporto de Brasília, em dezembro de 2022.

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, os três queriam "causar comoção social a fim de que houvesse intervenção militar e decretação de Estado de Sítio" para, assim, "evitar a propagação do comunismo", segundo o Ministério Público.

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George montou e entregou o artefato explosivo a Alan, que repassou a Wellington para que fosse realizado o ataque. Este e outro indivíduo não identificado foram até o Aeroporto de Brasília e colocaram a bomba na traseira de um caminhão-tanque carregado com querosene de aviação que estava estacionado.

Entretanto, antes que a bomba pudesse explodir, o motorista do caminhão percebeu a presença do artefato explosivo, retirou-o de perto do veículo e acionou a polícia.

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