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Moraes manda soltar youtuber bolsonarista que ameaçou Lula e STF

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu liberdade provisória ao youtuber bolsonarista Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, preso após divulgar vídeo com ameaças a integrantes do STF e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O que aconteceu:

Decisão de Moraes foi proferida nesta sexta-feira (27). Em fevereiro deste ano, Alexandre de Moraes havia mantido a prisão preventiva do youtuber bolsonarista.

Com as diligências já realizadas, na visão do ministro, não há razões para a manutenção da medida.

Assim, considerando o avanço das investigações e a manifestação da Procuradoria-Geral da República, vejo que é possível a substituição da prisão preventiva anteriormente decretada por medidas cautelares,
Alexandre de Moraes, ministro do STF

Moraes também determinou o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de utilização de redes sociais, o cancelamento de todos os passaportes e o recolhimento domiciliar no período noturno e nos finais de semana, proibição de sair do país, além da suspensão imediata de quaisquer documentos de porte de arma de fogo em nome do investigado.

O ministro determinou que, em caso de descumprimento das medidas cautelares, o youtuber pode ter a prisão decretada novamente. Moraes solicitou ainda o envio do processo à Polícia Federal para que, em 30 dias, seja apresentado o relatório final da investigação.

Ivan Rejane Fonte Boa Pinto foi preso em Belo Horizonte, em julho do ano passado, por decisão de Alexandre de Moraes.

Quem é Ivan Rejane

Ele mantinha um canal no YouTube no qual se apresenta como "terapeuta" para dependentes químicos. Seus vídeos são repletos de xingamentos e palavras de baixo calão.

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Ele diz que sua "guerra" é "contra o tráfico de drogas", mas seus alvos preferenciais são políticos de esquerda, a quem ele associa à existência do narcotráfico, e os ministros do Supremo, que, segundo ele, "mandam soltar esses vagabundos".

Em um dos vídeos publicados pelo bolsonarista, o homem cita o feriado de 7 de setembro e profere ameaças aos ministros do STF, ao presidente Lula, à presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e ao deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ).

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