8/1: STF marca data de julgamento de cúpula da PM do Distrito Federal

Suspeita de omissão e facilitação das invasões às sedes dos Três Poderes no 8 de janeiro, a cúpula da PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal) será julgada em fevereiro.

O que aconteceu

O processo será julgado pelo STF entre os dias 9 e 20 de fevereiro. Os ministros que darão os veredictos integram a Primeira Turma da Corte.

Neste primeiro momento, será decidido se a acusação da PGR (Procuradoria-Geral da República) será aceita. Se isso acontecer, é aberta uma ação penal contra sete oficiais.

O STF vai usar o plenário virtual no julgamento. As decisões são inseridas num sistema eletrônico e não há debates.

As suspeitas

Os sete oficiais são suspeitos de fragilizar a segurança para facilitar as invasões. Eles teriam escalado um efetivo abaixo do necessário e optado por policiais inexperientes.

A PGR ressaltou na denúncia que a cúpula da PM do Distrito Federal tinha forte contaminação ideológica. Os militares trocaram mensagens defendendo ruptura com a democracia, de acordo com a ação.

O major Flávio Silvestre Alencar escreveu: "Na primeira manifestação é só deixar invadir o Congresso". Ele é um dos acusados pela PGR.

As investigações também apontaram que os oficiais da PM não reagiram às invasões. As providências para conter os manifestantes golpistas só foram tomadas após o presidente Lula decretar intervenção na segurança pública do DF.

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Quem são os denunciados

  • Fábio Augusto Vieira - comandante-geral;
  • Klepter Rosa Gonçalves - subcomandante-geral;
  • Jorge Eduardo Barreto Naime - coronel;
  • Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra - coronel;
  • Marcelo Casimiro Vasconcelos - coronel;
  • Flávio Silvestre de Alencar - major;
  • Rafael Pereira Martins - tenente.

Eles são suspeitos dos seguintes crimes:

  • Omissão;
  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Dano qualificado;
  • Deterioração de patrimônio tombado;
  • Violação de deveres funcionais.

O que diz a defesa dos oficiais

Não houve intimação, afirmou Thiago Turbay, advogado do coronel Fábio Augusto Vieira. Ele acrescentou que no processo não há informações sobre a data do julgamento.

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Os demais advogados não foram encontrados. O texto será atualizado quando isso ocorrer. Mas em outras ocasiões os suspeitos negaram que tenham cometido crime.

A defesa do coronel José Eduardo Naime afirmou que ele é inocente. Ele estava de folga no dia das invasões às sedes dos Três Poderes.

O coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos disse que não recebeu alertas de inteligência. Dessa forma, não poderia prever as invasões. As declarações foram feitas à CPI dos Atos Antidemocráticos do Distrito Federal.

Subcomandante na ocasião, o coronel Klepter disse que acreditou que o efetivo seria suficiente. Ele acrescentou que não havia certeza de que os manifestantes iriam para a Esplanada dos Ministérios. As afirmações foram dadas à CPI dos Atos Antidemocráticos do DF.

O coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra já usou como defesa a tese de que não era responsável pelo planejamento do policiamento. Ele era chefe interino do Departamento de Operações da PM em 8 de janeiro do ano passado.

O major Flávio Silvestre de Alencar declarou que a fala sobre "deixar invadir o Congresso" foi uma brincadeira infeliz. Ele sustenta que não era responsável por organizar o patrulhamento no dia da tentativa de golpe.

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O UOL busca informações sobre a defesa do tenente Rafael Pereira Martins. A Polícia Militar também foi procurada. O UOL aguarda posicionamento da corporação.

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