Pacheco pede ao STF nomes de parlamentares monitorados pela 'Abin paralela'

O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, solicitou ao STF a lista dos nomes de parlamentares que teriam sido monitorados ilegalmente pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

O que aconteceu

Pacheco ( PSD-MG) também pediu mais informações relacionadas ao procedimento adotado pelos investigados na suposta "Abin paralela" durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro ). O ofício foi encaminhado hoje ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.

A Polícia Federal investiga se a estrutura serviu para monitorar ilegalmente adversários políticos do núcleo bolsonarista. O vereador Carlos Bolsonaro, um dos filhos do ex-presidente, e o deputado Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, foram alvos da investigação.

O presidente do Congresso solicitou ainda acesso ao conteúdo de informações relacionadas aos parlamentares. O objetivo é que que sejam adotadas as medidas institucionais pertinentes à Casa Legislativa.

Pacheco tem sido pressionado pelos congressistas, sobretudo da oposição, para ter uma posição mais "firme" em relação às operações da PF contra parlamentares. Ele foi chamado de "frouxo" por Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro.

Mais cedo, o presidente do Congresso se reuniu com senadores bolsonaristas. O grupo reclamou com Pacheco sobre as decisões do STF que miram nos parlamentares e das recentes operações feitas pela corporação.

Caso comprovado o monitoramento ilegal de deputados federais e senadores da República, as ações constituem também afronta às prerrogativas parlamentares, especialmente quanto à garantia de livre exercício do mandato e do sigilo de suas fontes.
Trecho do pedido encaminhado por Pacheco ao STF

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