Em post sobre segurança, ministro de Lula liga milícias à família Bolsonaro

O ministro Paulo Pimenta (Comunicação) usou uma postagem sobre combate ao crime para ligar a família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à milícia.

O que Pimenta disse

O petista falou hoje do combate ao tráfico de drogas e comemorou o resultado da intervenção militar promovida pelo governo em portos e aeroportos. Segundo o Ministério da Justiça, a GLO (Garantia da Lei e Ordem) apreendeu cerca de R$ 1,4 bilhão desde novembro.

Sem citar nominalmente, Pimenta falou sobre o repasse de salário a Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O caso ficou conhecido como "rachadinha" e chegou a envolver depósitos na conta da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Acabou o tempo que traficante miliciano tinha mãe e mulher nomeada em gabinete de deputado para depositar o dinheiro na conta do Queiroz para pagar as contas do dia a dia da famiglia.
Paulo Pimenta, ministro da Secom

Descoberta em 2018, a prática envolveria a devolução de parte dos salários de assessores. Ao todo, o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) rastreou mais de R$ 2 milhões recebidos por Queiroz em dez anos. Para o MP, parte dos valores da rachadinha teria sido incorporada ao patrimônio de Flávio por meio lavagem de dinheiro e pagamento por Queiroz de contas pessoais do filho mais velho de Jair Bolsonaro.

Entre as transações, foi identificado um cheque no valor de R$ 24 mil favorecendo a então futura primeira-dama Michelle Bolsonaro. À época, Bolsonaro afirmou que o cheque era parte de uma dívida de R$ 40 mil que o ex-assessor tinha com ele.

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