Conteúdo publicado há 4 meses
OpiniãoPolítica

Tales: General fecha tumba de Bolsonaro e suja quem o chamou de 'cagão'

Ao complicar a situação de Jair Bolsonaro e de seus aliados em seu longo depoimento à Polícia Federal, o ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes provou não ser "cagão", como foi chamado pelo general e ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto. A avaliação é do colunista Tales Faria no UOL News desta segunda (4).

Tudo indica que ele não só mostrou que não é 'cagão' como sujou de 'caca' aqueles que o chamaram assim.

Pelo tempo do depoimento [mais de dez horas], o general se mostrou disposto a contar a história toda e confirmou a reunião da minuta golpista com Bolsonaro. Isso praticamente fecha a tumba do Bolsonaro. Com essa confirmação de que ele tentou convencer os comandantes militares a dar um golpe lhes apresentando a minuta golpista, põe um ponto final no Bolsonaro. Tales Faria, colunista do UOL

Para Tales, o depoimento de Freire Gomes contribuiu de forma decisiva para colocar Bolsonaro no centro do plano golpista.

A questão do Freire Gomes ainda contém detalhes que precisam ser esclarecidos. Algumas pessoas do meio militar com quem conversei acham estranho eles [os ex-comandantes que prestaram depoimento à PF] não terem batido o martelo sobre algumas coisas. Há algumas inconsistências.

De qualquer maneira, aparentemente, o general limpou a biografia dele com esse depoimento e sujou aqueles que deveriam estar mesmo sujos, que são o general Braga Netto, que se mostrou um 'cagão' pela frase [contra Freire Gomes], e o chefe dos chefes na época, que era o Bolsonaro. Tales Faria, colunista do UOL

Marco Aurélio Mello: 'Não compete ao STF julgar ex-presidente'

Julgar Jair Bolsonaro foge das competências do Supremo Tribunal Federal (STF), já que não cabe ao órgão analisar casos envolvendo ex-presidentes, disse o ex-ministro do STF Marco Aurélio Mello.

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Vamos repetir o problema da competência. Jair Messias Bolsonaro é um ex-presidente da República e não compete ao Supremo julgar ex-presidente. Não vejo como estar se julgando no Supremo, em martelada única cidadãos comuns, que deveriam estar na primeira instância, com possibilidade de recurso - inclusive o de revisão da decisão proferida. Marco Aurélio Mello, ex-ministro do STF

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