Após acordo entre PL e governo, Nikolas vai comandar Comissão de Educação

O PT escolheu comandar a Comissão de Saúde para blindar a ministra da pasta, Nísia Trindade, em meio às ofensivas do centrão. Com isso, abriu espaço para o PL ficar com a presidência da Comissão de Educação e indicar Nikolas Ferreira (PL-MG) para comandá-la.

O que aconteceu

Provocação ao governo Lula. O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro emplacou radicais para os colegiados.

Por ser a maior bancada na Câmara, o PL foi o primeiro a pedir a chefia de uma comissão e optou pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), colegiado mais importante da Casa. A deputada federal Carolina de Toni (PL-SC), aliada de Bolsonaro, comandará a comissão.

Para Educação, foi indicado Nikolas Ferreira (PL-MG). Como apurou o UOL, ele não se candidatou inicialmente, apesar de ter integrado a comissão no ano passado, mas aceitou chefiá-la.

O revés na Educação irritou integrantes da bancada do PT. Eles contavam com a escolha para a presidência do colegiado, assunto importante para a militância petista. Mas a comissão da Saúde, além de ter recursos bilionários, comandará o envio de emendas da pasta para os municípios —alvo de disputa entre o centrão e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

PT e PL fazem acordo. Ficou acertado em reunião de líderes com Lira, que os petistas vão indicar o vice-presidente da comissão de educação. Já o PL poderá indicar o vice de Saúde.

Fizemos várias ponderações sobre algumas indicações. O PL não abre mão e nós vamos pacificar: eles vão indicar o vice da Comissão de Saúde e o PT vai indicar o vice da Comissão de Educação.
José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara

O líder do PT, Odair Cunha (PT-MG), disse, no entanto, que a bancada não concorda com a indicação da vice-presidência na comissão de educação.

A Comissão de Segurança Pública será novamente presidida por um bolsonarista. Será o deputado Alberto Fraga (PL-DF), que conseguiu pressionar o Ministério da Justiça e causou desgaste ao Palácio do Planalto no ano passado.

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PL trocou a presidência da Segurança Pública com o União Brasil. A legenda deixou o comando com os liberais pela Comissão de Relações Exteriores. Essa, por sua vez, foi cedida em acordo para o PSDB e, em troca, o União ficou com Defesa do Consumidor.

Outro nome que estava na mira do PL era o do pastor Marco Feliciano (PL-SP) para a comissão de Previdência. No entanto, ele abriu mão do posto, diante da agenda cheia durante a campanha eleitoral. O pastor Eurico (PL-PE) será o presidente do colegiado.

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