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Líder do PT sobre bolsonaristas em comissões: 'Não temos o que fazer'

Durante entrevista no UOL News desta quinta-feira (7), o líder do PT na Câmara dos Deputados, Odair Cunha (PT-MG), afirmou que não há o que fazer sobre a presença de deputados bolsonaristas presidindo comissões na casa legislativa. O nome de seu colega mineiro Nikolas Ferreira (PL-MG) na comissão de educação causou reações, como a da deputada Tabata Amaral (PSB-SP).

Respeito muito a opinião da presidenta Gleisi Hoffmann. Agora, o líder do governo, José Guimarães, acompanhou de perto essas negociações e a questão central é que na última hora o que vale é a decisão de cada um dos partidos. Contra isso não há nenhum tipo de instrumento, não há o que se fazer. Odair Cunha, líder do PT na Câmara dos Deputados

Se o PL quer indicar a pessoa A, é direito dele, é princípio básico da democracia, contra isso não temos o que fazer. A sociedade brasileira tem jeito de fazer alguma coisa: não eleger esses deputados na próxima legislatura. É o jeito. Odair Cunha, líder do PT na Câmara dos Deputados

O deputado diz que qualquer movimento fora do regimento não seria democrático e reforça que, apesar de não gostar de alguns nomes na presidência, é preciso respeitar a democracia.

Fora disso, nós vamos para o arbítrio, para um movimento não democrático. Sinto muito, eu não gostaria de ver essas pessoas na presidência desses órgãos colegiados. Agora, ou nós respeitamos a democracia e os princípios regimentais, ou não respeitamos. Odair Cunha, líder do PT na Câmara dos Deputados

Agora, eu vou medir a articulação do governo quando as matérias que interessam ao governo tiverem sendo debatidas nesses colegiados. Vou cobrar do presidente Arthur Lira quando e se esses presidentes [de comissões] não seguirem as regras do regimento. Agora, se eles tiverem seguindo as regras do regimento e a Constituição, eu preciso respeitar. Odair Cunha, líder do PT na Câmara dos Deputados

Ele aproveitou para explicar a dinâmica de escolha dos nomes que compõem as comissões da Câmara.

Ao final das contas o que rege é o regimento. Na ordem do tamanho das bancadas, cabe a primeira escolha ao PL, a segunda ao PT, segunda ao PL, quarta ao PT e quinta ao União Brasil e daí temos uma regra proporcional. Eles escolheram a CCJ, nós escolhemos a saúde, eles escolheram educação e nós escolhemos a comissão de fiscalização e controle, e o União Brasil fez outra escolha. Odair Cunha, líder do PT na Câmara dos Deputados

A partir da regra proporcional, se você não tem o entendimento, aplica-se o regimento. Qual seria o entendimento possível? Só há um acordo de rodízio na CCJ. A partir daí não há acordo de rodízio, há acordo de tamanho de cada uma das forças, cada um dos partidos. Odair Cunha, líder do PT na Câmara dos Deputados

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