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Após 8/3, Michelle Bolsonaro diz que papel da esposa é 'ajudar o marido'

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou hoje que o "papel da esposa" é ser "ajudadora" do marido em evento do PL Mulher na Bahia.

O que Michelle disse

Um dia após o Dia Internacional da Mulher, Michelle afirmou que o partido tem uma visão "feminina e não feminista". Em fala antes do marido, ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), chegar, ela atacou "a esquerda" e a "ideologia de gênero".

"Estamos aqui para sermos ajudadoras, é nosso papel como esposa. Queremos fazer uma política colaborativa, nós não queremos competir com vocês", disse Michele a uma plateia majoritariamente feminina. "Nós amamos vocês, homens."

"A gente não precisa gritar, a gente não precisa queimar sutiã, a gente não precisa desafiar a figura masculina", completou. "Nós amamos nossos maridos, nós valorizamos nossos maridos, estamos aqui para apoiar."

Possível moeda eleitoral do PL, Michelle tem rodado o país em eventos do PL Mulher —a Bahia é o 18º estado da caravana. Com o marido inelegível, ela é cotada, inclusive, como alternativa à candidatura para a Presidência, em 2026.

Bolsonaro subiu ao palco no final do evento. Sua presença nesses atos tem sido constate, geralmente assumindo o protagonismo e fazendo o discurso de encerramento. Nesta tarde, deverá chegar junto ao ex-ministro João Roma (PL), candidato derrotado ao governo da Bahia.

Michelle acusou ainda o presidente Lula (PT) de misoginia. Na última semana, Lula disse que "não ficou chorando" quando foi impedido de concorrer na eleição de 2018, vencida por Bolsonaro, em referência à ex-deputada venezuelana María Corina Machado, principal opositora de Nicolás Maduro, presa e impedida de concorrer no pleito nacional deste ano.

Ela também criticou as falas do presidente pelo conflito na Faixa de Gaza. "Não compactuamos com a fala dele [Lula] sobre Israel, porque nós somos pessoas de bem e abençoamos Israel", disse, com a bandeira do país no palco. Lula acusa o país de genocídio contra o povo palestino.

Em sua fala, Bolsonaro pregou o aumento da participação feminina na política, "não por cotas, porque nós somos todos iguais, mas por vontade de participar". Como de costume, criticou ainda a esquerda, fez piada sobre casamento e defendeu "valores cristãos" e o Estado de Israel.

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