Chefe da AGU ironiza Musk com música de Patati e Patatá: 'No mundo da Lua'
Do UOL, em São Paulo
12/04/2024 16h52Atualizada em 12/04/2024 18h02
O ministro da AGU, Jorge Messias, usou a música Lindo Balão Azul, do Guilherme Arantes e gravada pelos palhaços Patati e Patatá para ironizar o bilionário Elon Musk.
O que aconteceu
"Eu vivo sempre no mundo da Lua", diz a canção. Um link para o vídeo da música foi publicado pelo ministro do X, rede social da qual o próprio Musk é dono.
Messias afirmou que a semana foi de "alucinações e foguetes de fake news". O comentário foi feito pelo chefe da AGU sem citar o bilionário, que também é dono da SpaceX, empresa aeroespacial.
Duelo entre Musk e Alexandre de Moraes
Dono do X (antigo Twitter), Musk tem feito críticas ao ministro do STF. Em ataques publicados na plataforma no último final de semana, o bilionário ameaçou não cumprir decisões judiciais sobre restrição ou bloqueio de perfis no X.
O bilionário acusa Moraes de "censura agressiva". Ele diz que as decisões de Moraes "violam a lei brasileira". Musk fez o comentário compartilhando uma sequência de publicações do jornalista norte-americano Michael Shellenberger com o título "Twitter Files Brasil".
Para o dono do X, o ministro "colocou dedo na balança para eleger Lula". O empresário questionou por que os congressistas brasileiros não promovem ações contra o ministro, sugeriu que Moraes ajudou Lula nas eleições e, por esse motivo, o petista "não tomará nenhuma atitude contra ele".
Moraes mandou abrir inquérito contra Musk
O ministro determinou a instauração do inquérito em decisão proferida no domingo (7). O documento exige a apuração em relação aos crimes de obstrução à Justiça, inclusive em organização criminosa, e incitação ao crime. No sábado (6), o bilionário anunciou que estava retirando todas as restrições de contas no X determinadas pelo Judiciário brasileiro.
Moraes também exigiu a inclusão de Musk como investigado no inquérito das milícias digitais. Ele argumenta que a inclusão seria por, em tese, "dolosa instrumentalização criminosa da provedora de rede social X, em conexão com os fatos investigados" em outros inquéritos na Suprema Corte, incluindo o inquérito das milícias digitais. Esse processo que apura a existência de ações antidemocráticas com grande quantidade de informações falsas nas redes sociais, e seu financiamento.
Em resposta, o X no Brasil disse que não tem poder de controlar a rede social. A plataforma se manifestou ao STF para dizer que não é a responsável pelo cumprimento de medidas judiciais e outras decisões operacionais. Moraes rebateu dizendo que a resposta beira e "ma-fé".