Conteúdo publicado há 8 meses

MP-PB diz que ex de Aguinaldo Ribeiro não apresentou provas sobre agressões

O MP-PB (Ministério Público da Paraíba) enviou manifestação à Justiça em que afirma que a ex-mulher do deputado federal Aguinaldo Ribeiro, que o acusa de agressões física e psicológica, não apresentou provas sobre as denúncias.

O que aconteceu

O promotor Rogério Rodrigues Lucas de Oliveira cita prints de mensagens ou boletim de ocorrência como exemplos de provas que poderiam ter sido apresentadas.

Com isso, o MP-PB pede à Justiça que o deputado federal preste novo depoimento sobre as acusações. O documento foi assinado pelo promotor no último dia 4.

A manifestação também questiona o pedido de apreensão do passaporte de Aguinaldo. "Se a mulher vítima de violência de gênero pede proibição de contato com ela, entre outras medidas, não teria sentido que se opusesse a que o pretenso agente viajasse ao exterior, dado que, naturalmente, quer distância dele".

Aguinaldo Ribeiro nega agressões. Em nota enviada ao UOL na quinta-feira (11), o deputado se disse "estarrecido" com as acusações. Diz que a petição traz "fatos inverídicos, fantasiosos e não comprovados" e afirma que o vazamento de informações do processo, que está sob segredo de Justiça, é criminoso. "Repudio veementemente as acusações de agressão, seja de qualquer natureza", completou o deputado.

O UOL também entrou em contato com a defesa da ex-mulher sobre a manifestação do MP-PB. Caso haja resposta, o texto será atualizado.

Acusações

A ex-companheira do deputado diz que foi trancada no quarto pelo deputado. No pedido feito à Justiça da Paraíba, ela afirmou que também era agredida moralmente pelo parlamentar com gritos, palavrões e injúrias.

Segundo a ex-mulher, Aguinaldo também a ameaçou se fugisse de casa. Ela relata que também recebia as ameaças se falasse do divórcio dos dois. Eles eram casados desde 1999 e se separaram em janeiro deste ano.

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Parlamentar é acusado de "constante vigilância e manipulação". A ex-companheira de Aguinaldo diz que eles tinham uma vida de luxo enquanto estiveram juntos, mas que o deputado controlava completamente a vida dela. Em uma discussão, ele teria agarrado a ex-mulher pelos braços e a arremessado na cama.

Após a separação, a ex-mulher foi morar nos Estados Unidos com as filhas. Ela afirma que fez isso para sair do "ciclo de violência", mas Aguinaldo teria esvaziado as aplicações financeiras dela após a viagem, deixando-a numa situação de "repentina miséria".

Ainda segundo a ex, Aguinaldo usou dados dela para tirar titularidade de empresas que ela é dona. A representação contra o deputado diz que ele tentou simular a autorização da ex-mulher para modificar o quadro societário das companhias, o que configuraria crime de falsidade ideológica.

Advogados pedem medidas protetivas em favor da ex-companheira. A defesa quer que a Justiça impeça Aguinaldo de se comunicar ou se aproximar da ex-mulher. Além disso, os representantes legais pedem que ela e as filhas possam voltar para uma das casas que o casal tinha e que Aguinaldo banque despesas da família.

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