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Reinaldo: Marçal candidato prova que fake news beneficiam quem as promove

O colunista Reinaldo Azevedo afirmou no Olha Aqui! desta quarta (29) que o coach Pablo Marçal (PRTB) é a prova dos benefícios que colhem aqueles que espalham informações falsas e distorcidas. Na pesquisa Datafolha divulgada hoje, ele aparece em quarto lugar na corrida pela Prefeitura de São Paulo, atrás apenas de Guilherme Boulos (Psol), Ricardo Nunes (MDB) e Tábata Amaral (PSB). No primeiro cenário, com José Luiz Datena (PSDB) na disputa, o pré-candidato do PRTB tem 7% das intenções de voto e no segundo, sem Datena, 9%. No primeiro cenário, Boulos aparece na dianteira, com 24% e Nunes, com 23%. No segundo, as posições se invertem: Nunes tem 26% das intenções de voto e Boulos, 24%.

Os patamares do Datafolha estão mais baixos do que outros institutos de pesquisa que colocam na faixa dos 30% os líderes. Agora, de qualquer modo, o cenário que me parece mais provável é o cenário sem o Datena e sem o Kim Kataguiri, porque o União Brasil, até onde sei, vai procurar marchar junto com o prefeito. Eu acho que não é nada inesperado, independentemente da ordem de grandeza, se na faixa dos 30 ou dos 20, isso que está aí é mais ou menos aquilo que se espera. Mas, o que me chama atenção aí, e ontem houve outra pesquisa, a Atlas, é o Pablo Marçal na faixa dos 9%, 10%. Vejam só: esse cara é aquele que se tornou notório pela mais escandalosa e absurda das fake news nesse processo do Rio Grande do Sul. Se alguém tem alguma dúvida que se a fake news não combatida devidamente remunera de várias maneiras aquele que produz fake news, o exemplo está aí. Reinaldo Azevedo, colunista do UOL

Reinaldo disse que, mesmo sem possibilidade de ser eleito, Pablo Marçal pode interferir na eleição à Prefeitura de São Paulo.

Então, você pega, independente dos gostos o que vou falar aqui, não estou fazendo um juízo de valor dessas pessoas, não mesmo, mas você pega gente que está no debate há algum tempo, como a Tábata, como o Kim Kataguiri, que se enfronham ali nas questões. Aí aparece o Pablo Marçal, fazendo o seu trabalho de coach, dizendo as maiores barbaridades, contando fake news, espalhando sobre a ajuda [ao Rio Grande do Sul], dizendo claramente que tudo isso que estamos enfrentando é, na verdade, em razão de pactos demoníacos. A última dele foi que toda essa tragédia que está em curso no Brasil é em razão da presença da Madonna aqui, porque as almas dos brasileiros estavam sendo entregues ao demônio, naquele show. Reinaldo Azevedo, colunista do UOL

Esse cara está solto, é pré-candidato e tem uma votação como essa. Vai ser prefeito? Não. Mas, olha a votação que ele obtém. Ele interfere na eleição, ele já vai interferir na eleição. Porque o apoio dele depois vai ser buscado pelo Ricardo Nunes. Por que não vai ser pelo Boulos? Não vou nem entrar nessa explicação. Mas, é claro que o Nunes vai querer o apoio dele depois para o segundo turno. E é claro que ele terá. Aos idiotas que ficam nessa conversa mole, nessa burrice, condescendente com fake news — ah não, fake news, não precisa punir, porque o Alexandre [de Moraes] que é o risco... está aqui. Será que as fake news beneficiam os canalhas que as promovem? Está aqui a resposta. Qual é o tipo de pregação desse cara? O que ele tem falado? Está aí, aparece com 9% e não tem nem partido, o partido dele mal existe. Mas está nas redes sociais, dizendo barbaridades a todo momento, a toda hora. Reinaldo Azevedo, colunista do UOL

Para Reinaldo, Marçal pode se afirmar como o elemento surpresa dessas eleições.

O elemento surpreendente — surpreendente porque até outro dia não estava na disputa — é o Pablo Marçal chegar de cara e levar esse número. O que faz dele, insisto, um ator da eleição, não pra ser eleito, mas ele vira um cabo eleitoral importante. Com quais valores? Falando o quê? Veiculando o quê? Dizendo o quê às pessoas? Isso é trágico. Reinaldo Azevedo, colunista do UOL

O Olha Aqui! vai ao ar às segundas, quartas e quintas, às 13h.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

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Veja abaixo o programa na íntegra:

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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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