Conteúdo publicado há 5 meses

Eleitor não vai votar para 'professor de coach', diz Nunes sobre Marçal

O prefeito de São Paulo e pré-candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), mandou recados a três adversários nesta quinta-feira (30), após participar da Marcha para Jesus, na capital. Nunes disse que os eleitores não irão às urnas escolher um "professor de coach", em outubro, e pediu uma "sandália da humildade" a dois concorrentes, os deputados Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP).

O que aconteceu

Coach embaralha disputa. Pesquisa do Datafolha apontou que a entrada do coach Pablo Marçal embolou o segundo pelotão na corrida pela Prefeitura de São Paulo. Marçal teve 7% das intenções de voto.

Eleição vai discutir SP. Questionado sobre o desempenho de Marçal, o prefeito Ricardo Nunes afirmou que vai precisar "sair desse tema de política nacional, de questões ideológicas, de coach".

As pessoas não estão votando em professor de coach, vão votar em quem vai cuidar da cidade. A discussão será sobre a cidade. Alguns, num certo momento, tem uma habilidade maior de comunicação, coach, a praia dele, a área dele, vai ter uma certa ali visibilidade, mas depois quando você vai entrar no assunto da cidade, eu desafio qualquer um deles que conheça mais a cidade do que eu.

Pedido aos adversários. Ricardo Nunes declarou que é preciso ter humildade para receber os resultados das pesquisas eleitorais. Segundo o Datafolha, Boulos tem 24% das intenções de voto, o prefeito, 23%. Os dois estão em empate técnico. Tabata tem 8%.

Não posso negar minha felicidade de que alguns meses atrás, as pessoas ficavam, de uma certa forma, tirando sarro de mim, que eu era desconhecido.

Acho que fica um recado para o Boulos, para a Tabata, que gostava de fazer brincadeirinha. A gente tem muito tempo pela frente. Pode mudar muita coisa. Posso crescer, posso diminuir. Como falei, 4 meses e 8 dias [para a eleição] é muita coisa. Mas o cenário hoje demonstra para os outros pré-candidatos: tenham humildade. Vistam a sandália da humildade.

Apoio de Bolsonaro. O prefeito de São Paulo também foi questionado se o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderia migrar para a candidatura de Marçal. Nunes disse que "não, de jeito nenhum".

De forma nenhuma. Não teria nenhum motivo para que isso acontecesse, não existe nenhuma sinalização, não existe absolutamente nada. No cenário de hoje, não existe nenhuma possibilidade de que o que a gente construiu de aliança e de apoio, altere. Não existe nenhuma possibilidade com relação a isso.

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Vice-prefeitura. Nunes ainda não definiu quem será seu candidato a vice-prefeito na chapa. A vaga foi prometida ao PL, de Bolsonaro. Questionado se o partido estaria insatisfeito pelo fato de o nome do vice não ter sido confirmado, o prefeito afirmou que "está tudo tranquilo" com as lideranças da sigla.

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