Governador do AM: Bolsonaro é importante, mas é hora de opção menos radical
Reeleito governador do Amazonas com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Wilson Lima (União Brasil) defendeu que a direita precisa ficar menos "radical" e sugeriu o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para disputar a Presidência da República nas eleições de 2026.
O que aconteceu
Para o governador, a direita precisa de uma opção "menos radical" para enfrentar Lula (PT) em 2026. "O Tarcísio [de Freitas] tem sido um grande exemplo", respondeu o governador ao ser questionado pelo jornal O Globo sobre "qual o melhor caminho para a oposição na próxima eleição presidencial".
A resposta do governador contraria estratégia de Bolsonaro. Embora esteja inelegível após condenação pela Justiça Eleitoral, o ex-presidente desautoriza seus aliados a lançarem outro nome à corrida presidencial, já que ele ainda espera reverter a decisão que o impediu de se candidatar por oito anos.
Para Wilson Lima, Bolsonaro "foi importante para reavivar a direita", mas é hora de moderar. "[O bolsonarismo] não enfraquece, mas busca um caminho de centro", afirmou.
Essa é uma discussão que temos com as lideranças da direita. Meu alinhamento é com Bolsonaro. O mundo caminha para um processo de pragmatismo. A participação de Bolsonaro foi importante para reavivar a direita. [O bolsonarismo] não enfraquece, mas busca um caminho de centro, de menos radicalismo. O Tarcísio tem sido um grande exemplo.
Wilson Lima, governado do AM
Meio Ambiente é melhor com Lula?
Wilson Lima também admitiu que a preservação ambiental melhorou com Lula. "Sim [o governo Lula atua melhor nessa área], mas é um esforço conjunto", disse. "Quem lida são as prefeituras e os estados. O governo federal tem um trabalho, principalmente, de controle de fronteiras."
Ele criticou a comunicação de Bolsonaro sobre o tema. "Na gestão passada, tínhamos um problema gravíssimo de comunicação. O presidente Bolsonaro não conseguia comunicar de forma correta, mas estava certo no pensamento: não tem como preservar se não gerar oportunidade para as pessoas", disse ele ao defender "o envolvimento da população com atividades produtivas".
O governador também defendeu o União Brasil por ter ministérios, mas votar contra o governo em algumas pautas. "A gente tem essa participação no governo federal e precisa entender como isso caminha, não só no Executivo, mas também no Congresso", disse ele, para quem seu partido não é contraditório. "É plural", afirmou.
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