Lula comemora liberdade de Julian Assange: 'Mundo está um pouco melhor'

O presidente Lula (PT) comemorou a liberdade do ativista Julian Assange em publicação nas redes sociais.

O que aconteceu

Lula disse que a soltura de Assange foi uma "vitória democrática". "O mundo está um pouco melhor e menos injusto hoje. Julian Assange está livre depois de 1.901 dias preso. Sua libertação e retorno para casa, ainda que tardiamente, representam uma vitória democrática e da luta pela liberdade de imprensa", escreveu o presidente no X.

Ativista australiano fundador do Wikileaks foi solto nesta segunda-feira (24). O anúncio foi feito pela organização nas redes sociais. A publicação diz que Assange deixou o Reino Unido no mesmo dia em que ficou livre.

Libertação de Assange se tornou uma bandeira da esquerda no mundo. Foi um caso muito sensível para os americanos, já que ele revelou segredos militares considerados de segurança nacional. A negociação só foi possível porque Assange já tinha cumprido tempo de prisão equivalente a esse tipo de ofensa.

O ativista australiano viajou para as Ilhas Marianas do Norte. No local, ele passará por uma nova audiência com autoridades dos Estados Unidos. Em um dos vídeos divulgados pelo Wikileaks, o ativista foi filmado chegando a Bancoc às 12h30, no horário local (2h30, no horário de Brasília), para uma escala técnica.

Irmão agradeceu 'esforço global' por liberdade

Gabriel Shipton, irmão de Assange, comemorou a libertação do ativista. "Estamos muito felizes e emocionados", disse, em entrevista à rede de televisão norte-americana Sky News.

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Ele também lembrou que as negociações demoraram anos para serem concretizadas. "Foi uma campanha incrivelmente longa. (...) Levou anos, de constantes negociações, protestos, envolveu milhões de pessoas ao redor do mundo, defendendo Julian", ressaltou.

Estadia em embaixada e prisão de segurança máxima

Assange estava em uma prisão de segurança máxima de Londres desde 2019. Antes disso, ele passou sete anos confinado na embaixada do Equador na cidade. O fundador do WikiLeaks tentava evitar sua extradição à Suécia, onde era investigado por estupro. A investigação foi arquivada no mesmo ano.

O australiano era alvo da Justiça dos Estados Unidos por divulgar dados sigilosos. Ele publicou de mais de 700 mil documentos confidenciais sobre atividades militares e diplomáticas, em particular no Iraque e Afeganistão.

Com 18 acusações, ele poderia ser condenado a 175 anos de prisão. Os crimes apontados contra Assange eram baseados na Lei de Espionagem do país, mas a pressão internacional para que o presidente Joe Biden retirasse as acusações já sinalizavam a possibilidade de que ele recebesse liberdade.

* Com informações da AFP

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