Bergamo: Aliados de Bolsonaro creem que Trump pode barrar Moraes nos EUA
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro esperam que, se Donald Trump for eleito nos EUA, irá proibir o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes de entrar no país, afirmou a colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo ao UOL News desta terça (5).
Hoje de manhã eu conversei com uma pessoa muito ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, e a expectativa é muito grande pela vitória do Trump. Acreditam que o Trump pode engrossar o caldo da oposição brasileira, endossando ataques ao Supremo Tribunal Federal.
Eles acreditam até que o Trump possa ajudar a, por exemplo, barrar a entrada do Alexandre de Moraes nos Estados Unidos. Porque o Alexandre de Moraes atentaria contra a democracia no Brasil. Imagina-se que o Trump pode chegar até esse ponto, endossar um tipo de iniciativa dessas.
Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo.
Bergamo ressalta, no entanto, que não é possível ter certeza de que isso irá acontecer, já que o Brasil não foi pauta na campanha presidencial dos Estados Unidos.
Agora, eu acho que certeza de que ele vai fazer isso, ninguém tem. Certeza de que ele vai se importar com a política interna brasileira; certeza de que ele vai dar um apoio muito consistente à oposição brasileira por meio de gestos simbólicos ou até concretos ninguém tem.
A expectativa é grande, porque já se sabe que o governo democrata não fará isso de forma alguma, como não fez. Há esperança que o governo Trump possa fazer isso.
O Eduardo Bolsonaro, inclusive, a informação que eu tive, é de que ele está indo para lá [Estados Unidos] para acompanhar de perto o resultado eleitoral e se engajar na festa, vamos dizer assim, caso o Trump vença as eleições.
Eu acho que é tudo em cima de uma expectativa, de uma esperança. O Brasil, de fato, não apareceu na campanha dos Estados Unidos, não é um tema prioritário para eles neste momento.
Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo
Sakamoto: Fátima de Tubarão na cadeia prepara caminho para Bolsonaro
A condenação a 17 anos de prisão da bolsonarista Fátima de Tubarão pelos crimes cometidos durante o 8 de janeiro de 2023 prepara o caminho para o ex-presidente Jair Bolsonaro passar pelo mesmo no futuro, analisa o colunista Leonardo Sakamoto ao UOL News.
Ela foi presa na terceira fase da Operação Lesa Pátria da Polícia Federal. Mas o que acontece é que ela foi gravada pelos próprios golpistas, não rezando com uma bíblia na mão no gramado do Congresso, mas ela foi gravada pelos próprios golpistas quebrando tudo.
Concluindo, ao mandar a dona Fátima para o Xilindró, a justiça acaba mandando um recado pro Bolsonaro: Fala: 'Meu amigo, ao contrário do que você repete, de que foi um bando de gente inocente que foi para lá rezar, não foi. Foram seus seguidores, bombardeados com seu discurso, incentivados pelas suas ordens'. O que significa o quê? Mandar Dona Fátima para o Xilindró significa preparar também o caminho para que lá na frente Bolsonaro passe pelo mesmo.
Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
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Quero receberKennedy: Conversão de Trump à extrema direita é puro oportunismo
Donald Trump se mostrou oportunista ao adotar um discurso alinhado ao da extrema direita para tentar ganhar a confiança e o voto do eleitorado conservador nos Estados Unidos, disse o colunista Kennedy Alencar mais cedo ao UOL News.
Trump e Kamala Harris chegam tecnicamente empatados ao último dia da eleição presidencial nos EUA, em uma das disputas mais acirradas de todos os tempos no país. Há o temor de que o republicano conteste o resultado do pleito em caso de vitória da candidata democrata.
A própria conversão de Trump para a extrema direita foi de puro oportunismo. Ele era eleitor democrata e contribuía para a campanha dos democratas em Nova York. Contribuiu para a campanha da Kamala na Califórnia. Trump não era essa pessoa conservadora, defensora da família. Pelo contrário; é acusado de assédio sexual. É uma figura vulgar e não tem nada de religioso, de carola. Isso tudo oportunismo para falar com um público de extrema direita e conservador. É muito parecido com o que Jair Bolsonaro faz no Brasil.
Kennedy Alencar, colunista do UOL
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Sakamoto: Jogador tem que ser burro para cavar cartão e lucrar com apostas
É burrice um jogador de futebol se deixar envolver por um esquema de apostas e achar que lucrará com isso, afirmou o colunista Leonardo Sakamoto no UOL News desta terça (5), referindo-se ao caso do atacante Bruno Henrique, do Flamengo.
Nesta manhã, a Polícia Federal cumpre uma série de mandados de busca e apreensão, como parte de uma investigação sobre "possível manipulação no mercado de cartões". Bruno Henrique entrou na mira das autoridades por supostamente levar um cartão de forma intencional no final da partida entre Flamengo e Santos, em 1º de novembro de 2023, pelo Brasileirão - assista ao lance aqui.
Sendo bem direto: um jogador de futebol que faz esse tipo de coisa e cava um cartão vermelho aos 50 minutos [do segundo tempo] da partida para poder lucrar com jogo de azar e ganhar de uma bet tem que ser muito burro. Se o Bruno Henrique fez isso, ele é burro.
É óbvio. Todo mundo achou o lance esquisito quando aconteceu. Há uma regra básica com relação às casas de apostas que é 'a banca sempre vence'. Isso acontece não porque ninguém conseguirá ganhar dinheiro, mas roubado não se consegue vencer a banca. O pessoal vai descobrir, investigar e entregar.
Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
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