Moraes libera visitas para 'kid preto' após episódio de panetone com fone

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou nesta segunda (27) que o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo volte a receber visitas. Em dezembro, ele teve o direito suspenso após sua irmã tentar lhe entregar um fone de ouvido, um cabo USB e um cartão de memória para celular escondidos em um panetone.

O que aconteceu

Liberação atendeu pedido feito pela defesa de Azevedo. Os advogados argumentaram que a suspensão das visitas era baseada em um ato "praticado exclusivamente" pela irmã do militar e que ele "não contribuiu, incentivou ou sequer teve acesso aos objetos apreendidos". Moraes concordou e liberou as visitas a Azevedo.

Pedido foi apresentado no último dia 31. Os advogados do militar pediram que a aplicação de medidas restritivas fosse direcionada exclusivamente à irmã de Azevedo. Para eles, a medida adotada foi "desproporcional" e "inadequada", já que "alternativas menos gravosas podem ser adotadas sem comprometer a segurança do estabelecimento prisional".

Na tarde de 28 de dezembro, irmã do militar tentou entregar a ele itens escondidos em caixa de panetone lacrada. Os objetos foram descobertos quando o pacote foi submetido ao detector de metais. Os objetos foram apreendidos, e visitas de Dhebora e outros familiares a Azevedo foram suspensas.

Dhebora afirmou que fone serviria para irmão ouvir música gospel enquanto fazia exercícios. Ela é policial civil do Ceará, chegou a trabalhar na Secretaria Nacional de Segurança Pública, vinculada ao Ministério da Justiça, e prestou depoimento no último dia 14.

Azevedo está preso no Comando Militar do Planalto desde novembro. Ele é suspeito de ter participado de plano para matar Lula (PT), o vice-presidente Alckmin (PSB) e Moraes. Segundo a PF, o plano foi elaborado no fim do governo Bolsonaro, em 2022.

Plano para matar autoridades veio a público em 19 de novembro. Nesse dia, a Polícia Federal prendeu Azevedo e outros três integrantes das Forças Especiais por suspeita de envolvimento no caso. Além dos quatro "kids pretos", o policial federal Wladimir Matos Soares também foi detido na ocasião.

Ideia era matar Lula por envenenamento. A execução do atual presidente aconteceria em 15 de dezembro de 2022. Soares fez a segurança de Lula antes da posse e passava informações sobre o seu dia a dia a pessoas próximas a Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente derrotado nas eleições daquele ano.

Militares chegaram a ir à casa de Moraes em Brasília. Porém, a investigação da Polícia Federal sobre o caso revelou que mensagens e registros de antenas de celular e deslocamento de carros indicam que eles desmobilizaram a operação de última hora após a sessão do STF que estava ocorrendo no dia ser encerrada mais cedo.

7 comentários

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Melquiades Isidoro Camara Nunes

Qual a punição para a moça que tentou entrar com o aparelho??? Congresso Nacional mudem as Leis, Não mudam porque senão vão pegar pelo menos uns 400 deputados federais e mais uns 50 senadores, ovio que indiretamente. Como em qualquer democracia ou não democracia, alguém banca o cara na campenha, na grande maioria. Olha o Trump e outros presidentes americcanos, os que bancaram é os que foram agraciados. a

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Luiz Santos

Esse sujeito é uma ameaça a segurança nacional. Visitas??? só no enterro daqui uns 50 anos

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Ulisses Guin Jsiro Uiehara

xandão , tá afrouxando as rédeas ? Isso e sinal De Perigo …

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