Marcos do Val e Soraya retiram candidatura à presidência do Senado
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) anunciou a retirada de sua candidatura ao comando do Senado, alegando censura e perseguição política. A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) também anunciou que não seguirá na disputa.
O que aconteceu
Do Val denunciou censura e perseguição política. O senador afirmou que há dois anos sofre restrições, com bloqueio de redes sociais, salários embargados e multas milionárias, além de ser monitorado por suas falas na tribuna. Por isso, segundo ele, não houve condições para uma disputa democrática.
Em discurso, Do Val afirmou que sua candidatura não ocorreu de forma legítima e que o processo eleitoral da Casa estaria comprometido. O senador alegou que as sanções impostas a ele ferem artigos que garantem liberdade de expressão e imunidade parlamentar, além de citar a suspensão de seu passaporte como violação ao direito de ir e vir.
Soraya Thronicke reconheceu limites da sua candidatura e disse que buscou união. A senadora avaliou o cenário político e concluiu que, sozinha, não teria força para promover as mudanças que defende no Senado.
Decisão foi estratégica e pragmática, diz Soraya, que declarou apoio a Davi Alcolumbre. Única mulher na corrida, ela afirmou que sua saída não representa desistência ou covardia, mas um movimento calculado para fortalecer a construção coletiva no Congresso.
Quem é Marcos do Val
Marcos do Val foi eleito na onda bolsonarista. Em 2018, ele recebeu 863.359 votos pelo PPS (atual Cidadania) e, um ano depois, migrou para o Podemos. Antes da política, prestou serviço militar e deu aulas de defesa pessoal para forças de segurança internacionais.
O senador se envolveu em polêmica com Bolsonaro. Em 2023, afirmou ter sido coagido pelo ex-presidente para participar de uma tentativa de golpe, mas negou a acusação no mesmo dia. Posteriormente, foi alvo de uma operação da Polícia Federal.
Do Val teve bens bloqueados e redes suspensas. No ano passado, seu passaporte foi apreendido, contas bancárias foram bloqueadas e redes sociais suspensas por ordem do ministro Alexandre de Moraes, no âmbito de uma investigação sobre ataques a agentes da PF.
Sua atuação no Senado inclui mais de cem projetos. O senador é autor único de 112 propostas legislativas que ainda estão em tramitação. Sua candidatura à presidência do Senado não recebeu apoio oficial do Podemos.
*Com informações da Estadão Conteúdo
4 comentários
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Marcio Francisco Zichia
Evita uma v Ergonha maior…
Marco Antonio Pedran
O Brasil é um País surpreendente tem um um poder de arrasto muito grande, num momento de dificuldade financeira como passamos ter um Congresso como o nosso INUTIL e com um custo absurdo R$ 52.000.000,000,00 só em Emendas Parlamentares a Fundo Perdido + mais toda mordomia por apenas 3 dias de presença por semana... Todas as emendas liberadas aos Parlamentares se bem investigadas vão se tornar assunto da PF. Por sinal um conselho ao Sr. Ministro da Justiça, abre concurso urgente para PF pois vai faltar agente para investigar esses mais de 52 BILHÕES DE REAIS QUE SERÃO DESVIADOS DAS EMENDAS PARLAMENTARES para 2025.
Robert Graf
Dois em busca daqueles célebres 5 minutos de fama...