Anderson Torres pede acareação com ex-comandantes do Exército e da FAB

O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que seja realizada uma acareação entre ele e os ex-comandantes do Exército, general Freire Gomes, e da Aeronáutica, brigadeiro Baptista Junior.

O que aconteceu

Ex-ministro apresentou pedido após investigação ter sido concluída. Os dois ex-comandantes relataram à PF que Torres teria participado de ao menos um encontro dos militares com o ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022 no qual foi discutido a minuta golpista. Assim como os demais 39 investigados, Torres foi indiciado pela PF por tentativa de golpe, abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

PGR analisa as conclusões da PF e deve apresentar denúncia contra os envolvidos ainda neste mês. Expectativa é de que procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresente denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros investigados.

Defesa de ex-ministro contesta acusações da PF. Relatório final da investigação cita que Torres foi ao Palácio do Planalto no dia 7 de dezembro de 2022, mesma data que os dois ex-comandantes. Segundo a defesa, porém, Torres jamais esteve com os dois militares para discutir "medidas antidemocráticas contra o governo eleito" e os registros de entrada do Planalto mostram que ele foi ao local quase cinco horas depois dos militares.

Advogados pedem que Torres seja ouvido novamente e que os ex-comandantes também prestem novo depoimento. Defesa solicita ainda que, se persistirem dúvidas e contradições, seja realizada uma acareação entre os três. O pedido está aguardando análise do ministro Alexandre de Moraes, do STF, desde o dia 6 de fevereiro.

Caso após a reinquirição de Anderson Torres e a nova oitiva de Baptista Júnior e Freire Gomes, remanesçam contradições quanto ao conteúdo dos depoimentos, o requerente requer, com fulcro no art. 229 do CPP, seja procedida sua acareação com as testemunhas acima indicadas. Pedido da defesa de Anderson Torres ao STF

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.